O que faz de Suécia e Dinamarca dois campeões em competitividade

Suecos e dinamarqueses ficaram mais uma vez entre os dez primeiros colocados no ranking atualizado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial

09 de outubro de 2019 4 minutos
Europeanway

Suécia e Dinamarca (foto) estão mais uma vez entre as dez economias mais competitivas do mundo, segundo a nova edição do Global Competitiveness Index, ranking que o Fórum Econômico Mundial atualiza todos os anos desde 1979. Na versão mais recente do relatório, publicada nesta terça-feira (8/10), os suecos apareceram em oitavo lugar, um degrau acima da posição do ano passado, enquanto os dinamarqueses seguiram na décima colocação.

O que há por trás do sucesso de Suécia e Dinamarca nesse comparativo? É claro que não há uma fórmula simples para explicar por que as duas maiores economias escandinavas seguem entre os destaques globais em competitividade, assim como não há sequer um perfil único de país no topo do ranking. Entre os dez primeiros colocados estão tanto micronações – caso de Cingapura, primeira colocada em 2019 – quanto algumas das maiores potências do planeta, como Estados Unidos, que ficou em segundo lugar neste ano, Japão (6º) e Alemanha (7º).

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Ainda assim, é possível identificar seus pontos fortes e também suas fragilidades. Para chegar à lista final, o Fórum Econômico Mundial avalia 103 diferentes critérios, que são organizados em 12 pilares. Tanto suecos quanto dinamarqueses ficaram em primeiro lugar no quesito estabilidade econômica, no qual entram comparativos da inflação de cada país e também a dinâmica de suas dívidas. Na ponta oposta, o ponto fraco de ambos também foi o mesmo: tamanho do mercado.

Nesse pilar entram o produto interno bruto (PIB) e o volume de importações de produtos e serviços. É compreensível que Suécia e Dinamarca tenham baixo desempenho nesse item, já que ambos os países têm populações bastante pequenas (para os padrões brasileiros, ao menos). A Dinamarca, com 5,8 milhões de habitantes, ficou atrás da Suécia (população de 10,2 milhões de pessoas) no comparativo do tamanho dos mercados.

Os suecos tiveram ótimo desempenho ainda nos pilares saúde (em virtude de sua alta expectativa de vida), adoção de tecnologias de comunicação e informação (pilar em que aparecem, por exemplo, números sobre acesso à internet e assinaturas de serviços de telefonia móvel) e sistema financeiro. Os dinamarqueses, por sua vez, foram particularmente bem nos itens infraestrutura, sistema financeiro e "habilidades" (que compara de escolaridade média a proporção de estudantes por professor), além de saúde.

Assim como em 2018, a Finlândia ficou muito perto de entrar na lista dos dez primeiros, aparecendo mais uma vez na 11ª colocação. A posição não deixa de invejável, é claro. Mas, para além disso, um item em particular chama a atenção no desempenho finlandês: o primeiro lugar geral no pilar "instituições", no qual são avaliados, entre outros itens, confiança da população na polícia, independência do Poder Judiciário e liberdade de imprensa.

Neste ano, a Noruega apareceu em 17º lugar, um degrau abaixo na comparação com 2018, e a Islândia, em 26º – o país havia ficado em 24º no ano passado. De 2018 a 2019, o Brasil passou do 72º para o 71º lugar.

Clique aqui para conhecer a íntegra do Global Competitiveness Index.

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