Finlândia pode atrair 35 mil estrangeiros até 2023 para suprir demanda por mão de obra qualificada

Se depender da avaliação feita pelo setor industrial finlandês, o país deve acelerar a atração de talentos estrangeiros nos próximos anos. A Confederação das Indústrias da Finlândia (EK, na sigla original) acredita que o

28 de novembro de 2018 3 minutos
Europeanway

Se depender da avaliação feita pelo setor industrial finlandês, o país deve acelerar a atração de talentos estrangeiros nos próximos anos. A Confederação das Indústrias da Finlândia (EK, na sigla original) acredita que o país vai precisar trazer do exterior um número entre 20 mil e 35 mil trabalhadores qualificados nos próximos anos para dar conta da demanda de crescimento da economia – o fluxo migratório atual é de um saldo de entrada de 15 mil pessoas por ano.

“A escassez de mão de obra qualificada é um obstáculo ao crescimento. Precisamos de talentos para todos as funções, em todos os setores e em empresas de todos os portes ”, disse Jyri Häkämies, diretor executivo da EK, segundo registro do jornal Helsinki Times.

Em análises apresentadas no último dia 20 de novembro, para acelerar a economia, a EK sugere, além da atração de talentos do exterior, cortes nas alíquotas de imposto de renda que totalizariam 250 milhões de euros, redução de gargalos de ineficiência da economia, melhoria dos benefícios para quem estiver desempregado e a revisão do sistema de licença parental. Além disso, o sistema de ensino superior também precisaria facilitar o acesso de trabalhadores da ativa a cursos de capacitação e reciclagem, de acordo com a EK.

“Nós também sugerimos que, para promover a integração de imigrantes, seja introduzido um subsídio salarial de até 70% para empresas que contratarem trabalhadores de outros países”, acrescenta Häkämies.

Na visão da entidade, o governo finlandês precisa também elevar os investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento para recolocar o país como um dos mais inovadores do mundo. A EK propõe que sejam investidos 100 milhões de euros adicionais no ensino fundamental para garantir que todos os jovens não só possam ler, escrever e calcular, mas também tenham capacidade e motivação para prosseguir a educação e desenvolver suas competências ao longo das suas carreiras.

O financiamento para pesquisa e inovação, por sua vez, deve ser ampliado em 300 milhões de euros até o fim do próximo mandato eleitoral. “A Finlândia pode restaurar um sistema de financiamento de pesquisa e inovação de ponta, no qual empresas, pesquisadores e financiadores buscam juntos soluções para grandes desafios. A indústria digital e a inteligência artificial podem ser caminhos para o desenvolvimento do país”, diz Häkämies.

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