Estudo: previdência escandinava está entre as melhores do mundo

Segundo a consultoria de RH Mercer, dos seis melhores sistemas de aposentadoria do planeta, quatro são da região: Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega

22 de outubro de 2019 3 minutos
Europeanway

No momento em que o Brasil debate a reforma de seu sistema de previdência, é importante avaliar a experiência dos escandinavos nessa frente. E eles têm mesmo bons resultados a apresentar, segundo um comparativo internacional publicado nesta segunda-feira (21/10) pela consultoria de recursos humanos Mercer.

Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega ficaram entre os dez primeiros colocados no Índice Global de Previdência Melbourne Mercer, criado para avaliar os sistemas de aposentadoria ao redor do mundo. Ao todo, a consultoria avaliou os regimes de previdência de 37 países, nos quais vivem quase dois terços da população do planeta. O estudo utilizou 40 métricas para avaliar se um sistema gera resultados financeiros melhores para os aposentados, se é sustentável e se tem a confiança da comunidade.

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A Dinamarca ficou em segundo lugar no estudo, logo depois da Holanda – ambos os países foram os únicos a receber nota A no estudo. Os holandeses retomaram a liderança ao registrar mais trabalhadores favorecidos por planos de benefícios definidos, calculados com base no salário médio ao longo da vida. A Austrália ficou em terceiro lugar, com nota B+. Finlândia, Suécia, Noruega, Cingapura, Nova Zelândia, Canadá e Chile tiraram B e completaram a lista dos dez primeiros.

Assim como no Brasil, muitos países têm debatido como manter a saúde de seus sistemas de aposentadoria em um momento em que a expectativa de vida da população global só cresce. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), quase um quinto da população do planeta estará em idade de se aposentar em 2070. Hoje, essa parcela é de 9%.

“Os sistemas ao redor do mundo estão enfrentando expectativas de vida sem precedentes e crescente pressão sobre os recursos públicos para bancar a saúde e o bem-estar dos cidadãos mais velhos”, afirmou David Knox, autor do relatório e sócio sênior da Mercer. “É fundamental que as autoridades pensem sobre os pontos fortes e fracos de seus sistemas para garantir resultados mais robustos no longo prazo para os pensionistas do futuro.”

O Brasil ficou em 23º no levantamento, com a classificação C. A nota mais alta do sistema brasileiro foi no índice "integridade", que recebeu B. Nesse campo foram avaliados quesitos que influenciam a governança geral e a operação do sistema, itens que afetam o nível de confiança dos cidadãos em seu regime de aposentadoria. Na outra ponta, com a nota E, a pior do comparativo, apareceu o índice "sustentabilidade". Nesse campo, o estudo mensura indicadores que influenciarão a capacidade de o sistema atual pagar os benefícios dos aposentados no futuro.

Clique aqui para ler a íntegra do estudo.

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