“Visão Zero” da UE pretende eliminar mortes nas estradas

Marcos Freire Modugno, do Porto 19 de maio de 2023 2 minutos
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Vinte mil pessoas morreram nas estradas de países da União Europeia em 2022. A grande maioria das vítimas era composta por pedestres, ciclistas, motociclistas e usuários de patinetes.

Segurança no trânsito é um tema caro a Comissão Europeia, que apresentou proposta para modernizar as regras relativas à emissão de carteiras de habilitação para condução no continente, incluindo a criação de um documento digital válido em todos os 27 países da União Europeia.

A proposta prevê que, após a aprovação no exame de habilitação, os novos motoristas terão direito apenas a uma carteira provisória, que passaria a ser definitiva após a validação do seu bom comportamento no trânsito e nas estradas após os 24 meses iniciais. A ideia é simplificar o reconhecimento das cartas de condução entre os Estados-Membros da União Europeia e informar também os cidadãos de países de fora do bloco em relação a normas de segurança rodoviária. Também está previsto o estabelecimento de novas disposições para facilitar a aplicação das regras de trânsito nos diversos países de maneira padronizada.

Carros elétricos, nova variável

As novas regras pretendem também preparar melhor os motoristas para conduzirem os cada vez mais frequentes veículos elétricos (que não fazem barulho e por isso representam maior risco potencial para pedestres e ciclistas desatentos), além de incentivar a direção segura nos trechos urbanos das estradas. Isso porque a maior parte das cidades europeias, principalmente as pequenas, é cortada por estradas que muitas vezes se confundem com ruas estreitas dessas localidades.

Todas as mudanças foram pensadas para que a UE alcance a ambiciosa meta de zero morte nas estradas até 2050 – a chamada “Visão Zero”. A proposta da Comissão Europeia com todos esses elementos relativos a segurança no trânsito segue agora para discussão no Parlamento Europeu.

Tolerância zero para álcool

O novo arcabouço de regras sugerido propõe tolerância zero para a condução sob efeito do álcool. Apesar de os condutores jovens representarem menos de 10% do universo total das carteiras de motoristas, o grupo abaixo de 30 anos de idade está envolvido em cerca de 40% das colisões com morte de condutor ou passageiro.

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