O Fórum Econômico Mundial de 2025, que acontece de 20 a 24 de janeiro em Davos, na Suíça, reúne líderes globais para debater os principais desafios e oportunidades econômicas da atualidade. Sob o tema “Colaboração para a Era Inteligente”, o evento ganha relevância diante das transformações geopolíticas e econômicas que moldam o cenário internacional.
Europa busca protagonismo em meio a desafios globais
A Europa segue em Davos com uma agenda focada na descarbonização, inovação e competitividade econômica. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deve apresentar uma nova estratégia que combina metas ambientais ambiciosas com respostas às pressões industriais e comerciais. A relação com a China e o reposicionamento das cadeias globais de valor também estarão no centro das discussões europeias.
No entanto, o continente enfrenta questões internas significativas. Entre elas estão a crescente polarização política, as tensões em torno das políticas migratórias e a necessidade de modernizar regulações para estimular o crescimento econômico. “Cortar burocracias e adotar uma abordagem mais arrojada são caminhos essenciais para o progresso europeu”, destacou o CEO do Barclays, CS Venkatakrishnan, em declaração prévia ao evento.
A delegação brasileira, liderada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chega a Davos com a missão de consolidar o país como líder em sustentabilidade. O Brasil busca atrair investimentos europeus em energia renovável, especialmente em hidrogênio verde, e fortalecer sua posição como parceiro estratégico no fornecimento de alimentos e recursos naturais.
Com a União Europeia como um dos principais investidores e parceiros comerciais do Brasil, o Fórum representa uma oportunidade para aprofundar a cooperação bilateral. A pauta ambiental, central na estratégia europeia do Green Deal, alinha-se à agenda verde brasileira, reforçando a possibilidade de novas parcerias.
Davos também será palco de discussões sobre as crescentes tensões entre forças internacionalistas e nacionalistas, que impactam diretamente o projeto liberal de integração econômica da União Europeia. Além disso, a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos levanta questões sobre as dinâmicas transatlânticas e a cooperação climática, enquanto líderes globais tentam equilibrar interesses comerciais e ambientais.
Oportunidade para redefinir estratégias
Com a presença de mais de 2.500 líderes empresariais, políticos e acadêmicos, Davos 2025 promete ser um espaço crucial para a Europa reafirmar seu papel no cenário global. A busca por inovação, sustentabilidade e estabilidade política estará no centro das decisões que definirão os rumos do continente e de seus principais parceiros, como o Brasil, nos próximos anos.