O cenário laboral na Europa está passando por transformações significativas, com uma tendência alarmante de redução no número de horas trabalhadas. Essa mudança nas dinâmicas de trabalho levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, bem como sobre as causas subjacentes desse declínio.
O fenômeno é particularmente sentido entre os homens e os jovens, revela um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo com a recuperação econômica, a média de horas trabalhadas permanece abaixo dos níveis pré-pandêmicos. Esse decréscimo é particularmente notável entre os homens, especialmente aqueles que têm filhos pequenos. Surpreendentemente, mesmo trabalhando, em geral, mais horas do que as mulheres, os homens enfrentam uma redução em suas cargas horárias, atribuindo-se isso, em parte, ao aumento das licenças, como as parentais.
Outro grupo impactado pela diminuição das horas de trabalho são os jovens trabalhadores. O FMI aponta que a porcentagem de jovens que optam por frequentar a escola em vez de ingressar diretamente no mercado de trabalho está em ascensão, contribuindo para a tendência de queda nas horas trabalhadas.
As projeções do estudo indicam que essa diminuição nas horas trabalhadas pode persistir nos países europeus, mesmo com a implementação de políticas futuras. Embora essas políticas possam atenuar a tendência, a reversão completa é improvável.
O FMI sugere que medidas mais específicas são necessárias para abordar esse fenômeno. Uma das propostas inclui a implementação de políticas que apoiem mães que trabalham em tempo parcial e desejam mudar para empregos com carga horária integral. Essas políticas visam alinhar as necessidades dos trabalhadores com as demandas do mercado de trabalho, criando um ambiente mais favorável ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Em resumo, a Europa enfrenta uma mudança significativa nas dinâmicas de trabalho, com a redução das horas trabalhadas, especialmente entre os homens e os jovens. A implementação de políticas específicas pode ser essencial para adaptar-se a essa nova realidade e promover uma transição suave para o futuro do mercado de trabalho na região.