Dinamarca leva Trump a sério sobre a Groenlândia

Ciro Dias Reis, CEO da Imagem Corporativa 29 de janeiro de 2025 2 minutos
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Quando expressada pela primeira vez, em 2019, foi vista como uma piada de mau gosto aqui na Dinamarca a posição de Donald Trump de que a Groenlândia deveria pertencer aos americanos em função de sua posição estratégica junto ao Ártico.  Retomada por Trump neste início de segundo mandato, a ideia causa uma mistura sensações aqui neste pequeno país da Escandinávia, a quem pertence aquela enorme ilha gelada cujo subsolo abriga diversos mineiras valiosos.

Surpresa e repúdio são as principais sensações, mas existe também um certo incômodo com sabor amargo de “ingratidão”, palavra que ouvi algumas vezes em Copenhague esta semana. É que a Dinamarca permitiu aos americanos instalar uma base militar na Groenlândia por conta da Segunda Guerra Mundial, a qual nunca mais foi desmobilizada. E agora ouve discursos que ecoam como potencial ameaça a um país amigo de longa data.

A retórica de Trump agora é levada a sério, A ponto de o ministro da defesa da Dinamarca, Troels Lund Poulsen, ter anunciado esta semana que o país vai investir o equivalente a US$ 2 bilhões no tema da segurança na Groenlândia. Vale lembrar que as mudanças climáticas derretem um número crescente de geleiras do Ártico e criam uma rota de navegação, inclusive militar (navios russos circulam na área), até pouco tempo inexistente na região.

“Temos que encarar o fato de que existem sérios desafios em relação a segurança e defesa no Ártico e no Atlântico Norte”, declarou ele pouco antes do primeiro-ministro dinamarquês Mette Frederiksen embarcar esta semana para o circuito Berlim-Paris-Bruxelas, onde discute com outros líderes da região a necessidade de uma posição unificada em relação a soberania do seu país na Groenlândia.

* Este artigo foi escrito por Ciro Dias Reis, CEO da Imagem Corporativa, diretamente da Dinamarca, demonstrando as conexões inteligentes que reforçam a presença global da agência.

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