
Ministros da Defesa da União Europeia reunidos na última semana em Copenhague ouviram da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que já foi viabilizada a dotação de 150 bilhões de euros para o programa SAFE (Security Action for Europe), criado em maio deste ano.

Fonte: European Comission
A iniciativa visa apoiar os países do bloco nos esforços de ampliação dos investimentos em defesa e segurança e é resultado direto das ameaças de expansão da Rússia no continente após a invasão da Ucrânia.
O programa, financiado com recursos captados nos mercados financeiros, vai impulsionar a indústria europeia de defesa, além de coordenar aquisições conjuntas de armamentos, equipamentos, drones e munições no âmbito da União Europeia.
SAFE é um instrumento pelo qual países-membros poderão solicitar empréstimos para a compra daqueles itens militares, em linha com acordo recente que prevê a alocação na área de defesa do equivalente a 3,5% do Produto Interno Bruto de cada um deles (em lugar dos 2% do PIB da regra anterior).
A Noruega também acaba de anunciar planos para reforçar sua capacidade militar, principalmente para monitoramento de sua costa e das águas próximas ao Oceano Ártico, onde a marinha da vizinha Rússia já tem presença constante. O país vai adquirir cinco fragatas do Reino Unido, a um preço de 11,5 bilhões de euros, com entregas previstas a partir de 2030.
Embora não seja um dos 27 membros da União Europeia, a Noruega é um dos 32 integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança política e militar de países da América do Norte e da Europa criada no final dos anos 1940 para garantir a segurança e a defesa mútua de seus integrantes. Em 2024, Suécia e Finlândia, países historicamente autodeclarados neutros, decidiram entrar para a aliança em função da escalada militar na Ucrânia e possíveis desdobramentos no continente.
Enquanto isso, a própria OTAN a está focada no momento em acompanhar um próximo exercício militar planejado pela Rússia e sua aliada Bielorrússia entre 12 e 16 de setembro. Bielorússia, por sinal, de onde saiu, em fevereiro de 2022, o ataque de Moscou a Ucrânia.