União Europeia adota tarifas elevadas para carros chineses

20 de junho de 2024 2 minutos
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A União Europeia (UE) seguiu os passos dos Estados Unidos ao impor tarifas significativamente altas aos carros importados da China. A Comissão Europeia anunciou que as novas tarifas podem chegar a 38,1%, uma decisão que visa limitar a entrada dos veículos chineses no mercado europeu.

No mês de maio, o presidente dos EUA, Joe Biden, quadruplicou as taxas sobre os veículos elétricos chineses, atingindo a marca de 100%. Inspirada por essa medida, a UE decidiu aumentar as tarifas adicionais aos 10% já existentes, variando conforme a montadora.

Algumas marcas, como a BYD, terão uma tarifa mais branda, com uma taxa de 17% aplicada aos seus modelos populares como Dolphin, Song Plus e King. Em contrapartida, a SAIC, que ainda não chegou ao mercado brasileiro, enfrentará a taxa máxima de 38,1%. Essa medida foi uma surpresa, já que os relatórios anteriores sugeriam tarifas em torno de 25%. No entanto, a pressão estadunidense e o receio de uma competição desleal com os preços mais baixos dos veículos elétricos (EVs) chineses influenciaram essa decisão rigorosa.

As novas tarifas entram em vigor no dia 4 de julho, após a conclusão dos trabalhos iniciados pela Comissão Europeia no ano passado. A principal razão por trás dessas tarifas é a preocupação com a invasão dos carros chineses no mercado europeu, potencialmente prejudicando as fabricantes locais.

Apesar do aumento significativo das tarifas, isso não implica necessariamente que os carros chineses ficarão proporcionalmente mais caros na Europa. As montadoras chinesas, em sua maioria, estão dispostas a absorver os prejuízos financeiros para manter sua competitividade. Especialistas indicam que as tarifas precisariam exceder 50% para ter um impacto substancial nas margens de lucro dessas empresas.

Enquanto os carros elétricos chineses enfrentam essas novas barreiras, a Tesla recebeu um tratamento diferenciado da UE. O conselho do bloco decidiu que a montadora de Elon Musk terá uma taxa de imposto calculada individualmente na fase definitiva, oferecendo uma vantagem competitiva no mercado europeu.

Ainda há incertezas sobre como essas tarifas afetarão as marcas ocidentais que fabricam seus veículos na China e os exportam para a Europa, como a Dacia. A resposta a essas novas medidas e suas consequências para a indústria automotiva global serão acompanhadas de perto nos próximos meses.

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