A Superliga Europeia, concebida sob a liderança de gigantes do futebol como Real Madrid e Juventus, emerge como uma resposta audaciosa às estruturas estabelecidas pela UEFA e FIFA.
Um movimento desafiador, encabelado por clubes influentes, ganhou impulso significativo após o Tribunal Superior da Europa deliberar que o controle exercido por essas entidades sobre a modalidade esportiva é ilegal.
Os detalhes da Superliga Europeia foram apresentados por Bernd Reichart, empresário alemão que é CEO da A22 Sports Management, empresa de desenvolvimento desportivo comercial sediada em território europeu.
Na ocasião, ele delineou os principais pilares da organização da aclamada competição, destacando uma abordagem inovadora em relação à mobilidade entre as divisões. A proposta visa gerar confrontos entre equipes que, tradicionalmente, pouco se enfrentam, prometendo uma dinâmica competitiva única e apaixonante para os fãs do esporte.
Os bastidores dessa interlocução, que até então tinha os ares de ser um lobby às grandes organizações da modalidade, teve mudança expressiva em dezembro do ano passado, com a vitória da Superliga sobre a questão.
No entanto, é importante destacar que, uma mudança expressiva no cenário da bola europeu ainda deve “vencer” outras etapas de negociações – inclusive com a própria UEFA, que mesmo tendo o seu monopólio ameaçado, ainda tem a máquina esportiva sob suas mãos.
Em suas palavras, Reichart explicou que a participação será conquistada pelo mérito esportivo, permitindo que os clubes permaneçam nas ligas nacionais. “Buscamos uma Liga com 14 jogos, propiciando encontros entre clubes que raramente se defrontam. A mobilidade entre divisões será uma realidade, e as ligas nacionais assumirão um papel crucial”, afirma.
O CEO expressou sua visão sobre a injustiça que alguns clubes enfrentam ao terem uma grande temporada na Europa e, no ano seguinte, ficarem excluídos das competições realizadas naquele continente. Ele argumentou em prol de um futebol mais equitativo, delineando a intenção de criar uma estrutura de liga que solucione essa disparidade, com o objetivo de proporcionar uma dinâmica mais envolvente e, eventualmente, forjar a melhor competição do mundo.
Reichart também enfatizou a importância de colaborar estreitamente com os clubes, anunciando que a promoção estará acessível a todas as ligas e será fundamentada no mérito desportivo. Além disso, criticou os altos custos associados ao esporte e ventilou a possibilidade de criar uma plataforma de streaming gratuita para que os fãs possam desfrutar dos jogos sem ônus.
Ao abordar a iniciativa de uma plataforma de streaming gratuita, vislumbra que o futebol livre unirá milhões de pessoas, algo extremamente atrativo para os anunciantes. “Queremos seguir os passos das melhores empresas de entretenimento, imitando o claro direcionamento que elas adotam – a chave reside em conectar muitas pessoas, e o valor se manifestará organicamente”, conclui.