Suécia traz ao Brasil festival voltado a meninas cientistas

Formada no Instituto Real de Tecnologia (KTH), a cantora pop sueca Robyn idealizou o Tekla Festival para atrair garotas para áreas como ciência e tecnologia

27 de setembro de 2019 3 minutos
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O governo sueco decidiu dar um impulso adicional a meninas brasileiras interessadas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática ao trazer ao país neste mês o festival sueco Tekla. A iniciativa, com workshop de robótica e debates sobre o tema, integrou neste ano a programação das Semanas de Inovação Brasil-Suécia, que terminam nesta sexta-feira (27/9).

O Tekla foi criado em 2015 a partir de uma proposta da cantora pop sueca Robyn, que se formou no Instituto Real de Tecnologia (KTH), de Estocolmo, considerado uma das melhores universidades do mundo. A estreia brasileira do festival ocorreu em Brasília a partir de uma parceria entre os governos da Suécia e do Distrito Federal.

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“Após perceber que os cursos de tecnologia tinham poucas meninas, [Robyn] resolveu criar o Festival Tekla como uma forma de essas meninas participarem mais”, disse Glaucimara Silva, oficial de cultura da Embaixada da Suécia no Brasil, segundo registro da Agência Brasil.

Inicialmente, o festival ocorria apenas na Suécia, mas em 2019 ele passou a ser realizado também em outros países. No último dia 18, o Diálogo Tekla, que ocorreu na Universidade de Brasília (UnB), organizou um debate sobre como ampliar oportunidades para meninas e mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem, da sigla em inglês).

“Minha professora me incentivou. Como sempre gostei dessa área da computação, decidi participar”, disse Maria Eduarda Mendes, de 15 anos. Ela estava entre as cerca de 30 estudantes do ensinos médio e fundamental de sete escolas públicas do Distrito Federal que participaram do workshop de robótica e desenvolveram pequenos robôs com o auxílio de cientistas suecas.

Heidi Harman foi uma das especialistas que participaram das atividades. A empreendedora criou a GeekGirl Meetup, a mais antiga rede de tecnologia feminina na Suécia. Essa iniciativa, voltada a mulheres que se dedicam a Stem, código, design e startups, já está presente em 17 países. Outra participante foi Juliana Estradioto, que recebeu o Prêmio Jovem Cientista 2018 e foi a primeira brasileira a conquistar o primeiro lugar na categoria de Ciências dos Materiais na Intel ISEF (Intel International Science and Engineering Fair), maior feira de ciências pré-universitária do mundo.

As Semanas de Inovação Brasil-Suécia surgiram em 2012. A iniciativa é encabeçada pela Embaixada da Suécia, que lidera o Team Sweden Brazil, formado ainda pelo Conselho Sueco de Investimento e Negócios (Business Sweden), Câmara de Comércio Sueco-Brasileira (Swedcham) e os Consulados Honorários da Suécia.

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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