Depois dos carros, ônibus, caminhões e aviões, começa a era dos dos barcos elétricos. E Estocolmo pode ser a primeira cidade do mundo a ter um sistema público hidroviário elétrico. O piloto deve começar em 2022 e, em 2024, a capital da Suécia poderá substituir todos os 60 barcos a diesel que atendem à população e turistas na cidade.
Além de ser menos poluente, o projeto da P-30, como tem sido chamado o barco, prevê catamarãs dos mais velozes do mundo, podendo alcançar 55 quilômetros por hora, levando até 30 passageiros por viagem. O projeto está sendo desenvolvido pela companhia de barcos sueca Candela, que já vende lanchas elétricas, e pela Administração de Transporte da Suécia.
A Candela informou no lançamento do projeto estimativa de que o custo geral de operação do P-30 será a metade do custo de balsas a diesel convencionais, cada embarcação consumindo energia no mesmo nível que um ônibus híbrido elétrico moderno. Elas terão autonomia de até 3 horas antes de necessitar de uma recarga rápida.
A empresa diz que a nova balsa P-30 ‘voa’ em hidrofólios controlados por computador, que reduzem o consumo de energia em 80% em comparação com as balsas mais rápidas em serviço hoje. Assim, poderão “turbinar” o transporte hidroviário, ampliando a capacidade do sistema. A barca também pode operar em hidrovias urbanas em velocidades mais altas do que os barcos de passageiros tradicionais, com segurança, segundo a companhia.
“Hoje, a maioria de nossas hidrovias não são utilizadas para transporte de massa, embora a maioria das rodovias esteja congestionada durante o tráfego da hora do rush. A abertura de hidrovias urbanas para transporte elétrico de alta velocidade pode revolucionar o deslocamento diário em cidades como São Francisco, Seul ou Amsterdã – a um custo muito baixo ”, disse Gustav Hasselskog, fundador e CEO da Candela. “Não há necessidade de construir uma nova infraestrutura.”
Michaela Haga, Presidente do Comitê de Transporte Público Marítimo da Região de Estocolmo, disse no lançamento do projeto que o seu objetivo é “desenvolver um sistema de transporte público hidroviário que atenda às necessidades de hoje e amanhã”, reforçando a busca da Suécia em reduzir a emissão de gases do efeito estufa.