A décima edição do evento Semanas de Inovação Suécia-Brasil, que ocorre até o dia 12, já é um marco nas discussões sobre inovação e sustentabilidade, trazendo para o debate temas de impacto na vida das pessoas e como o uso da tecnologia e a otimização de modelos de desenvolvimento sustentável transformam realidades.
Neste ano, questões como a importância do 5G pode impactar positivamente a aceleração da adoção de tecnologia em diferentes setores do mercado brasileiro. Além de claro, discutir como as inovações refletem nas condições de trabalho.
Ocorrendo de forma paralela à COP26 em Glasgow, apresentou exemplos de cidades que já atuam com um horizonte para zerar as emissões de carbono, além de trazer para mesa questões como a importância de evitar o desperdício. de alimentos No painel “Mensurar para mudar”, o Instituto Sueco-Brasileiro de Economia Circular e Desenvolvimento Sustentável (ISBE) mostrou o modelo sueco de mensuração de resíduos pós-consumo.
Mattias Eriksson, professor associado da Swedish University of Agricultural Science – SLU, onde realiza pesquisas e ensina sistemas alimentares sustentáveis com foco na redução do desperdício de alimentos, mostrou como é feita a coleta de dados sobre resíduos de alimentos no varejo.
“Uma loja típica de supermercado de tamanho médio desperdiça, em média, 120 toneladas de alimentos por ano. Isso representa 660 toneladas de CO2 por ano. As frutas e vegetais representam cerca de 90% dos produtos perdidos”, explicou Eriksson, que completou que ainda são realizadas coletas de informações em restaurantes e estabelecimentos em geral, podendo fazer um cálculo por cada indústria ou setor.
Pelo Brasil, Francisco Ugayama, sócio-fundador da startup Evolve Ambiental, falou sobre o uso da tecnologias e aplicações em processos de reaproveitamento e agregação de valor em resíduos orgânicos. Para ele, a economia circular é uma das soluções para mitigar os problemas de perdas de alimentos, destacando que esse é um tema crucial para o Brasil, onde 55% da população já enfrenta algum tipo de restrição alimentar e 43% não consegue comprar a quantidade suficiente de alimentos. Para ele, são necessárias ações imediatas, como o combate ao desperdício em feiras livres, que em São Paulo o desperdício nas 880 feiras semanais chega a 33 mil toneladas por ano ou 66,7 toneladas de CO2.
Além do exemplo sueco de como trabalhar de maneira assertiva e colaborativa para eliminar o desperdício de alimentos, ideias inovadoras do Brasil vem sendo apresentada e ganharam o reconhecimento. Caso do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, que trouxe projetos que impactam no clima. Dois jovens brasileiros: Gabriel Fernandes, primeiro brasileiro que venceu o prêmio pelo voto popular; e Victor Gustavo Diniz Silva.
Com os projetos “Avaliação do uso de fibra vegetal oleofílica na coleta de óleo derramado em ambientes aquáticos” (Victor Gustavo) e “Desenvolvimento de um mecanismo de retenção de microplásticos em estações de tratamento de água (ETAs) (Gabriel Fernandes), mostraram como ideias simples podem ser transformadoras. Essas iniciativas colocam no centro do debate a importância de preservação e recuperação das fontes de água, um tema sensível e primordial para o presente e futuro do mundo.
Esses são apenas alguns exemplos dos debates dentro deste evento, que evidenciam a colaboração em diversas áreas entre Brasil e Suécia. Atualmente, quatro agências suecas trabalham em parceria com o governo brasileiro em áreas relacionadas a práticas sustentáveis e preocupações ambientais.
O evento segue até o dia 12 de novembro e é uma realização da Embaixada da Suécia em parceria com o Business Sweden, a Câmara de Comércio Sueco-Brasileira (SwedCham), o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), o Instituto Sueco-Brasileiro de Economia Circular e Desenvolvimento Sustentável (ISBE) e os consulados gerais da Suécia no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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