O país que há uma semana empossava seu presidente eleito pela vontade do povo  com simbolismos que remetiam à democracia, tais como a passagem da faixa presidencial por representantes do povo e que viu uma festa popular pacífica nos gramados da Espanada dos Ministérios de Brasília, foi o mesmo Brasil que viu tomado de assalto as sedes dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo no domingo (08/01/2023). Atos de vandalismo generalizado, com destruição ao patrimônio público, histórico e nacional. Ataques promovidos por movimento da população que dá suporte ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que promoveu o terrorismo nestas manifestação. Ataques à democracia brasileira que foram condenados por chefes de estado de todo mundo, inclusive pela União Europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou a revolta protagonizada por apoiadores extremistas do ex-presidente Bolsonaro (PL) em Brasília.

“Condeno fortemente o ataque à democracia no Brasil. É uma grande preocupação para todos nós, defensores da democracia”, disse Von der Leyen em suas redes sociais.

Von der Leyen declarou “total apoio” ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lembrando que a escolha dele ocorreu de forma democrática por meio de eleições livres e justas.

“Ele (Lula) foi eleito de forma livre e justa”, disse.

Além de Von der Leyen, representantes do Parlamento Europeu se manifestaram sobre os ataques em Brasília. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, condenou o atentado às instituições democráticas do Brasil.

“Lula foi eleito democraticamente por milhões de brasileiros através de eleições livres e eleições justas”, declarou no Twitter Charles Michel.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, se declarou preocupada com o que está acontecendo no Brasil e destacou que a democracia deve sempre ser respeitada. 

Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, se manifestou sobre o assunto em nome dos Estados-membros do bloco econômico europeu.  

“A União Europeia reitera o seu total apoio ao presidente Lula e ao sistema democrático brasileiro e expressa solidariedade para com as instituições democráticas que são objeto deste ataque”, disse Borrell.

Somam-se às manifestações do bloco as declarações de líderes de países europeus, como Portugal, Alemanha, França, Espanha e Itália.