Seleções europeias dominam o mundial feminino de futebol

Ciro Dias Reis é CEO da Imagem Corporativa 17 de agosto de 2023 3 minutos
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Já se pode dizer que a Europa é a grande protagonista da Copa do Mundo de Futebol feminino deste ano, sediada por Austrália e Nova Zelândia e que se encerra no próximo fim de semana.

Das seleções que chegaram às quartas de final do torneio, cinco entre oito são europeias. Das que passaram para as semifinais, três das quatro são da região. E chegaram à grande final Espanha e Inglaterra.

Os resultados espelham as razões pelas quais o futebol feminino europeu é o mais rico e competitivo do planeta, ampliando rapidamente seu raio de alcance graças a um trabalho cada vez mais profissional das diferentes ligas nacionais.

Em 2022 a semifinal da UEFA Women’s Champions League entre Barcelona e Wolfsburg teve um número recorde de 92 mil torcedores (na final, o Lyon da França venceu o Barcelona por 3×1). E 87 mil espectadores presenciaram a final do Campeonato Europeu Feminino de seleções da UEFA entre Inglaterra e Alemanha (2×1 e o título para as inglesas).

Na Copa do Mundo Feminina de 2015 um total de 17,3 milhões de pessoas assistiram aos jogos em todo o mundo, número que se multiplicou para 1,1 bilhão na Copa de 2019. A competição de 2023 deve terminar com 2 bilhões de espectadores em transmissões pela TV e plataformas digitais.

A audiência dos jogos na Copa do Mundo Feminina de 2023 no Brasil só não foi maior porque a seleção nacional foi eliminada logo na primeira fase da competição. De qualquer forma, na estreia contra o Panamá (vitória por 4×0) a TV Globo registrou 16 pontos de audiência, o que corresponde a 4,289 milhões de residências e 11,47 milhões de telespectadores.

Já o canal Cazé TV do streamer Casimiro Miguel bateu o recorde  mundial de audiência simultânea no YouTube para um jogo de futebol feminino: mais de 1 milhão de aparelhos conectados na goleada contra o Panamá.

O mundial deste ano mostrou que além da audiência crescente o futebol feminino já se transformou em big business. Os direitos de transmissão ficaram mais caros e marcas globais se interessam cada vez mais em associar seu nome e seus produtos ao esporte. Unilever, McDonald’s, Budweiser e Booking.com, por exemplo, estão entre os patrocinadores oficiais da Copa, que tem ainda apoiadores de peso como Itaú e Claro.

O torneio vai pagar um total de US$ 150 milhões pela participação das 32 seleções e na premiação das melhores equipes, um aumento de 300% em relação à Copa de 2019. É um avanço significativo, embora ainda longe dos US$ 440 milhões distribuídos na Copa do Mundo masculina no Qatar, realizada no final de 2022.

A próxima Copa da UEFA de futebol feminino de seleções vai ocorrer na Suíça, em julho de 2025. Já a decisão sobre o próximo mundial feminino vai ocorrer em maio de 2024, a partir de quatro candidaturas: Brasil; África do Sul; UEFA (Bélgica, Holanda e Alemanha), Concacaf (México e Estados Unidos).

 

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