Prestígio e dinheiro tornam o futebol europeu um negócio imbatível

Ciro Dias Reis é CEO da Imagem Corporativa 15 de maio de 2023 3 minutos
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Atualizada em 31/05/2023

A Europa é de longe o território onde o futebol está alicerçado em boa organização e números exuberantes. Estima-se que o negócio desse esporte alcance a marca dos € 33 bilhões por ano no continente, ou o equivalente a R$ 175 bilhões de reais (apenas para efeito de comparação: o valor total do orçamento do Ministério da Educação do Brasil para 2023 é de R$ 159 bilhões).

O tema mais quente do mercado da bola nesta primavera do hemisfério norte é a reta final da Champions League, que definiu, em maio, os finalistas que irão disputar o título da competição do próximo dia 10 de junho, em Istambul: Manchester City e Inter de Milão.

Além do óbvio prestígio de campeão da Champions League, os 32 clubes europeus que começaram a competição na temporada 2022/2023 (classificados graças a boas performances nos diferentes campeonatos nacionais) perseguiram também os generosos recursos financeiros proporcionados pela UEFA, entidade máxima do futebol europeu.

Cada um dos 32 clubes começou a fase de grupos embolsando automaticamente € 15,64 milhões cada um. Cada vitória na fase de grupos deu direito a outros € 2,8 milhões (empate: € 930 mil). Classificação para as oitavas de final significou mais € 9,6 milhões, e outros € 10,6 milhões foram para os oito clubes que chegaram às quartas de final. Os quatro nomes que avançaram às seminais do torneio (Real Madri, Manchester City, Internazionale e Milan) já ganharam mais € 12,5 milhões cada.

O vencedor da Champions League no dia 10 de junho terá direito a € 20 milhões e o vice-campeão ficará com € 15,5 milhões.

Os patrocinadores da competição são todos pesos pesados em seus setores de atuação: Banco Santander, Heineken, Mastercard, Nissan, Pepsico, Gatorade e Adidas.

A Champions League é o torneio mais importante da Europa, mas a Liga Europa é outra competição patrocinada pela UEFA que também atrai grandes patrocínios e público aos estádios. Jogam a Liga da Europa os times que não foram bem o suficiente em seus campeonatos nacionais para chegar à Champions League mas tiveram um relativo destaque naquelas competições.

Numa comparação simplificada com o cenário da América Latina, a Champions League está para a Libertadores da América assim como a Europa League está para a Copa Sulamericana.

As premiações em dinheiro não são tão grandes na Europa League, mas alcançam valores interessantes para os 32 times participantes: antes mesmo de soar o primeiro apito, cada clube recebe € 3,63 milhões. Vitória na fase de grupos vale € 630 mil (empate € 210 mil).

Avançar para as oitavas de final da Europa League vale outros € 1,2 milhão e chegar às quartas de final, mais € 1,8 milhão. Os quatro finalistas que lutam para chegar à decisão dia 31 de maio em Budapeste são os italianos Roma e Juventus, o espanhol Sevilla e o alemão Bayer Leverkusen, que decidem seu destino também nesta semana.

Os quatro já ganharam cada um € 2,8 milhões por chegar até essa fase. O campeão ganhará mais € 8,6 milhões e o vice-campeão levará para casa     € 4,6 milhões.

O maior campeão da Champions League é o Real Madri, campeão 14 vezes. Bem atrás vem o Milan com sete campeonatos e Bayern de Munique e Liverpool, com seis títulos.

Na Europa League o maior vencedor é o Sevilla, com seis títulos. Bem atrás estão Internazionale, Juventus, Liverpool e Atlético de Madri, cada um campeão três vezes do torneio.

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