Painéis fotovoltaicos reconfiguram paisagem europeia

10 de abril de 2024 2 minutos
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O mercado de painéis fotovoltaicos na Europa está experimentando uma revolução de preços, impulsionada pelo boom na produção da China. Esta queda significativa nos preços tem desencadeado um interesse renovado por esses equipamentos, possibilitando usos inovadores, como a construção de cercas de jardim e muros residenciais.

É interessante observar como os construtores europeus estão optando por utilizar painéis fotovoltaicos em vez de materiais tradicionais, como tábuas de madeira ou tijolos, para montar suas cercas e muros. Esta tendência criativa surge como uma resposta direta à acessibilidade econômica desses equipamentos no mercado europeu, resultado da oferta crescente proveniente da China.

A despeito das limitações na geração de energia solar quando os painéis são instalados verticalmente, consumidores e analistas enxergam benefícios econômicos nessa abordagem. Além de reduzir os custos de instalação, uma vez que dispensa a necessidade de mão de obra especializada para instalações em telhados, essa prática demonstra uma mentalidade de “faça você mesmo”.

No entanto, a saturação do mercado de painéis fotovoltaicos está gerando preocupações entre os governos europeus. Fabricantes locais estão enfrentando dificuldades para competir com os produtos chineses mais baratos, resultando em perda de empregos e fechamento de fábricas. O custo associado à instalação de painéis solares na Europa caiu para cerca de 11 centavos de dólar por watt no final de março, o que inviabiliza a produção doméstica desses equipamentos sem intervenção governamental.

A Alemanha, que já foi uma grande produtora de painéis fotovoltaicos na Europa, está entre os países mais afetados pela concorrência chinesa. Os produtores alemães estão lutando para sobreviver e buscam incentivos do governo para permanecerem competitivos. No entanto, há um debate em curso sobre se o protecionismo é a melhor abordagem, considerando que tarifas impostas pela UE sobre os painéis solares chineses entre 2013 e 2018 tiveram pouco impacto na proteção dos fabricantes europeus. Além disso, restrições que afetem a adoção da energia solar podem comprometer os objetivos climáticos e a segurança energética dos países europeus.

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