Ninguém no mundo bebe mais leite que os escandinavos. Por quê?

Suécia, Islândia e Finlândia são os países que lideram o consumo, segundo amplo estudo global sobre ingestão de bebidas não-alcoólicas

03 de julho de 2019 3 minutos
Europeanway

No mundo, ninguém bebe mais leite que os escandinavos. A constatação aparece em um amplo levantamento global sobre a ingestão de bebidas não-alcoólicas apresentado no último mês no congresso Nutrition 2019, promovido pela Sociedade Americana para Nutrição e realizado em Baltimore, nos Estados Unidos.

De acordo com o levantamento, a Suécia é a líder mundial em consumo de leite, com média diária de 295,7 mililitros (pouco mais que um copo grande) por pessoa. Na sequência aparecem Islândia e Finlândia, outros dois países da região, com média de 266,1ml por dia. Para efeito de comparação, no Brasil, o consumo é de 127ml diários.

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Os dados foram reunidos pela pesquisadora Laura Lara-Castor, da Universidade Tufts, a partir de um estudo realizado com diferentes grupos demográficos em 185 países. O levantamento integra o projeto Global Dietary Database (GDD), financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates.

O alto consumo da bebida tem relação tanto com hábitos culturais quanto com a força dessa atividade nesses países.  “Esses são locais em que a pecuária leiteira é muito difundida, e o consumo de lácteos tem sido tradicionalmente parte importante da dieta“, afirma a pesquisadora. A pesquisa excluiu iogurte, leite fermentado ou leite derivado de plantas, como leite de coco, amêndoa, soja ou aveia.

O levantamento analisou os hábitos de consumo de outras bebidas, e suas descobertas ajudaram a identificar algumas disparidades entre os países. Em linhas gerais, os países subdesenvolvidos, por exemplo, tendem a consumir mais refrigerantes e alimentos com adição de açúcar, enquanto o leite aparece com mais peso em nações mais desenvolvidas.

"Os dados podem ajudar a informar as transições de nutrição ao longo do tempo, os impactos dessas bebidas na saúde global e mesmo formular políticas dietéticas para melhorar a dieta e a saúde", afirma a pesquisadora.

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