Islândia decide abolir uso de óleo pesado na indústria marítima

A nova regulamentação islandesa, que pretende reduzir a emissão de poluentes causadores do aquecimento global, será uma das mais rigorosas do mundo

12 de dezembro de 2019 3 minutos
Europeanway

Em mais um esforço para reduzir a emissão de poluentes causadores do aquecimento global, a Islândia decidiu abolir o uso de óleos pesados para abastecer os navios que viajam pelo país. A medida, que vai incluir embarcações que navegam por águas territoriais, fiordes e baías, entrará em vigor já no dia 1º de janeiro de 2020.

Hoje, a Organização Marítima Internacional (OMI), agência das Nações Unidas responsável pela proteção, segurança e prevenção da poluição nos oceanos, impõe que o teor de enxofre nos combustíveis usados pela indústria marítima fique abaixo de 3,5% massa por massa (m/m). No primeiro dia do próximo ano, o teto passará a ser de 0,5%, mas, na Islândia, ele será ainda menor, de 0,1%, o que fará de sua regulamentação sobre o tema uma das mais rigorosas do mundo. 

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Na maioria dos casos, os óleos pesados que abastecem os navios têm um teor de enxofre superior a 0,5%. Isso significa que, na prática, esses combustíveis passarão a ser totalmente proibidos no país, ainda que haja a pequena margem de tolerância de 0,1%.

“Os navios podem usar tipos leves de óleo combustível até mudarem para outras fontes de energia. Espero que isso aconteça no futuro próximo", diz Guðmundur Ingi Guðbrandsson, ministro do Meio Ambiente e Recursos Naturais da Islândia. "Os óleos pesados são os mais sujos, e por isso é extremamente importante interromper seu uso."

Os navios islandeses já poluíam menos que os das frotas de grande parte de outros países. Segundo estatísticas da OMI citadas pelo governo, para efeito de comparação, o teor de enxofre do óleo combustível comercializado na Islândia em 2017 ficou entre 0,64% e 1,94%, enquanto a média global foi de 2,59%.

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