Sete mil pessoas lotaram no último sábado a Liverpool Arena para a grande final do Eurovision Song Contest. Esse tradicional festival da canção iniciado em 1956 e assistido ao vivo pela televisão por cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo é disputado por grupos musicais, cantoras e cantores que representam seus próprios países, garantindo assim um verdadeiro ambiente de campeonato europeu.
Sua fórmula é simples: cada país seleciona uma música original de no máximo três minutos de duração, que será votada tanto por um júri de especialistas como pelo público. Quem somar mais pontos é o vencedor do ano.
Sua alta aceitação pelo público é também resultado de um ambiente que pressupõe convivência entre diferentes culturas, tolerância e diversidade. É o tipo de diversão garantida para toda a família. De fato, não há como evitar um sorriso ao assistir cantores noruegueses vestidos como lobos cantando com vigor “Give That Wolf a Banana”, ou ver a dupla austríaca percorrer os versos de “Who the hell is Edgar?”, uma referência ao escritor americano Edgar Allan Poe.
O Eurovision começou com canções inscritas por 37 países (além dos europeus, participam Israel e Austrália) e depois de duas semifinais eliminatórias, 26 deles chegaram a grande final. Venceu a Suécia, representada pela cantora Loreen e sua música Tattoo, com um total de 583 pontos. Com isso o país acumula sete vitórias no Eurovision Song Contest, se igualando a Irlanda no ranking dos campeões.
Com 526 pontos ficou em segundo lugar este ano a Finlândia, vencedora do festival em outras cinco ocasiões, mesmo número de vezes de Itália, Noruega e Israel.
A vencedora Loreen já havia garantido para a Suécia a vitória no festival Eurovision de 2012 e costuma ser definida como uma artista inquieta e criativa. Já lançou músicas no pouco difundido idioma sueco e trabalhou como atriz em Vinterviken, um filme que discute as relações interpessoais em ambiente de contrastes econômicos e sociais. No ano passado Loreen lançou a música Neon Lights, que conta a história de uma Joana D’Arc moderna, em linha com as mensagens de inclusão e representatividade que costumam povoar seu repertório.
O Eurovision deste ano foi realizado no reino Unidos em substituição a Ucrânia, vencedora do festival no ano passado e que não pode sediar o evento em função da guerra no país.