Palestrantes do evento European Day 2023 destacam a importância da agenda ESG e seu impacto na relação de negócios

Luciane Sarabando, diretora de atendimento da Imagem Corporativa 26 de abril de 2023 4 minutos
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As organizações mundiais entendem a importância da sustentabilidade e de uma agenda ESG bem definida como fator de atração de investimento e foco estratégico. Mais do que discurso, os aspectos social, governança e meio ambiente ganharam relevância e importância na prática, e tem crescido ano a ano no Brasil e no mundo.

Para dar visibilidade e ampliar as discussões sobre o tema, um dos painéis do EuropeanDay 2023 foi “Agenda ESG e seu impacto na relação de negócios”, com a mediação de Sonia Consiglio, SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU, e as participações de Clauber Andrade Souza, diretor jurídico, GRC e sustentabilidade da Citrosuco, e Claudia Elisa Soares, membro do Conselho de Administração do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).

“A Europa e o Brasil são complementares em diversos aspectos e explorar esse potencial de maneira estratégica e produtiva é um jeito inteligente de aproximar e beneficiar mais de 660 milhões de pessoas que habitam nessas duas regiões. O evento da Imagem Corporativa ajuda a ampliar essa discussão e no fortalecimento dessa relação.” afirma Sônia Consiglio. “Sempre digo que a Europa é o nosso farol na agenda ESG. Historicamente, são de lá os investidores e consumidores mais conscientes na importância das questões ambientais e sociais”. Mas, segundo Consiglio, o Brasil também tem práticas muito avançadas e anda lado a lado da Europa. As prioridades das instituições financeiras brasileiras são as mesmas. As agendas são as mesmas de tecnologia, inovação, finanças verdes e sustentáveis. Há um compromisso real dos bancos brasileiros com estas agendas, completa a especialista em ESG.

Assim, ao adotar práticas ESG, as empresas mostram, também, como estão comprometidas com uma agenda mundial em governança corporativa, além de demonstrar para seus consumidores, clientes, parceiros de negócios e potenciais investidores que estão conectadas às tendências, aos compromissos e aos desafios globais. Apesar de todo avanço, para muitas empresas ainda adotar práticas ESG é bastante desafiador, especialmente quando a organização ainda precisa entender a sua causa e, assim, focar naquelas ações em que pretendem se engajar e que façam sentido para o seu negócio.

Segundo Claudia Elisa Soares, do IBGC, os conselhos de administração das empresas trazem o tema ESG muito forte para as discussões internas. Segundo levantamento feito pela empresa global de executive search ZRG Partners, entre os tópicos que devem tomar mais tempo dos conselhos no futuro, aparece em primeiro lugar os relacionados à sigla ESG, citados por 71% dos conselheiros brasileiros e 50% dos demais. Em seguida vem a cibersegurança, citada por 36% dos brasileiros e 32% dos outros entrevistados. A pesquisa ouviu conselheiros de 127 companhias globais de grande porte, 36% com faturamento entre US$ 1 bi e US$ 5 bi e 20% com faturamento entre US$ 5 bi e US$ 25 bi.

“Uma governança corporativa melhor desenvolve uma sociedade melhor. As empresas têm o papel relevante para a prosperidade do mundo. E nós, do IBGC, somos uma rede colaborativa e de ideias dedicadas a explorar temas e questões sobre governança que impactam positivamente a sociedade”, afirma Claudia.

A governança corporativa deve sair da parte burocrática e ir para o que deve ser feito na prática. Para a Citrosuco o mercado europeu é um dos mais importantes para o seu negócio. E falar de ESG é reforçar que a marca gera valor, priorizando investimentos sociais e de impacto para fomentar e desenvolver seus stakeholders. “Fazemos investimentos em programas estruturantes nos temas de educação, cidadania, gestão pública e engajamento social. Todo este movimento está conectado ao propósito de impacto positivo da empresa”, reforça Clauber Andrade Souza, diretor jurídico, GRC e sustentabilidade da Citrosuco.

Importante que todos tenham o entendimento que medidas de impacto positivo e nas discussões promovem um indicativo para os próximos passos rumo a um mundo mais viável do ponto de visto financeiro, ambiental e de governança. Não podemos esquecer o efeito positivo nos negócios ao adotar essas diretrizes.

 

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