A maioria dos europeus (93%) considera que as alterações climáticas são um problema grave e mais da metade deles (58%) acredita que a transição para uma economia verde deveria ser muito mais acelerada. Os dados fazem parte da mais recente pesquisa Eurobarômetro, divulgada em julho.
Alguns outros pontos importantes da pesquisa – e que acabam por validar o European Green Deal – mostram que quase 90% dos cidadãos europeus concordam que a emissão de gases de efeito estufa devem ser reduzidos ao menor valor possível. E o que não for possível deveria ser compensado, com o objetivo de a região atingir a neutralidade almejada em 2050.
Praticamente a mesma fatia da população entende que a UE deve estabelecer metas ambiciosas para aumentar a utilização de energia renovável. Além disso, também afirmam ser necessária a adoção de medidas para melhorar a eficiência energética, promovendo, por exemplo, a instalação de painéis solares nas residências e o maior uso de carros elétricos.
Cerca de 70% dos entrevistados são a favor da redução da importação de combustíveis fósseis como forma de aumentar a segurança energética da União Europeia. E mais de 90% dos que foram ouvidos dizem que, individualmente, já contribuem ao fazer escolhas mais sustentáveis nas suas rotinas. Apesar disso, reconhecem que a iniciativa individual não é suficiente: a responsabilidade deve ser compartilhada com os governos locais (56%), com a União Europeia (56%) e com as empresas e indústrias (53%).
Os levantamentos Eurobarômetro, iniciados em 1974, são o instrumento de sondagem oficial utilizado pelo Parlamento Europeu, pela Comissão Europeia e outras instituições e agências da UE para monitorizar regularmente o estado da opinião pública na Europa sobre questões relacionadas com a União Europeia, bem como as atitudes sobre assuntos de natureza política ou social.