Em mobilidade social, nenhum país bate os escandinavos

Segundo o Fórum Econômico Mundial, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia e Islândia lideram o ranking que compara a chance de uma pessoa melhorar de vida

22 de janeiro de 2020 3 minutos
Europeanway

Em nenhum lugar do mundo há mais chance de uma pessoa melhorar de vida do que na Escandinávia. Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia e Islândia, os cinco países da região, ocupam, nessa ordem, os cinco primeiros lugares do ranking de mobilidade social divulgado nesta semana pelo Fórum Econômico Mundial.

Segundo a pesquisa, a maior parte dos 82 países avaliados precisa melhorar a chance que dá a seus cidadãos de ascender socialmente. Os escandinavos estão entre as exceções, de acordo com o levantamento. "Essas nações combinam acesso, qualidade e equidade na educação, além de oferecer oportunidades e boas condições de trabalho, proteção social de qualidade e instituições inclusivas", diz o estudo.

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O Índice Global de Mobilidade Social considera dez pilares: qualidade e equidade da educação, acesso à educação, saúde, instituições inclusivas, proteção social, condições de trabalho, distribuição justa de salários, oportunidades de trabalho, acesso à tecnologia e aprendizado ao longo da vida.

Em uma escala que vai até 100, os escandinavos tiveram notas que ficaram entre os 85,2 da Dinamarca, a líder, e os 82,7 da quinta colocada, a Islândia. A nota brasileira no comparativo foi 52,1, o que colocou o país na 60 posição global. Dos pilares considerados, o Brasil teve sua pior avaliação em “distribuição justa de salários”.

“Crianças nascidas em famílias menos abastadas tendem a experimentar maiores barreiras para chegar ao sucesso do que aquelas nascidas em famílias mais abastadas. Essa desigualdade de oportunidades podem se tornar arraigadas e promover desigualdades econômicas de longo prazo, além de profundas divisões econômicas e sociais”, diz o texto de apresentação do ranking.

Uma das medidas de mobilidade social usadas pelo relatório calcula quantas gerações, em média, levaria para uma família de baixa renda atingir a renda mediana da sociedade. Na Dinamarca, são duas gerações, segundo o  Fórum Econômico Mundial – e, no Brasil, nove.

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