A dinamarquesa Chr. Hansen apareceu neste ano no topo da lista das empresas mais sustentáveis do mundo. O ranking Global 100, que está em sua 15 edição, é elaborado pela Corporate Knights, empresa canadense que mantém uma revista e atua também na difusão de informações financeiras com foco em sustentabilidade.
Fundada há 145 anos e com uma unidade localizada em Valinhos (SP), a Chr. Hansen atua na área de biociências. Entre os motivos para a escolha da Corporate Knights está o de que a companhia dinamarquesa obtém mais de 80% de sua receita desenvolvendo soluções naturais para preservar alimentos como iogurte e leite, protegendo as lavouras usando bactérias naturais em vez de pesticidas e alternativas aos antibióticos para animais.
A primeira colocação da Chr. Hansen não deixou de ser uma supresa. Primeiro, porque, em apenas um ano, ela deu um salto imenso até chegar ao topo do ranking – em 2018, a empresa figurou na 66 posição. Além disso, ela não é uma marca difundida entre o grande público, ao contrário da maior parte das integrantes do Global 100. "Não se trata de uma empresa voltada ao consumidor final", disse Toby Heaps, cofundador e presidente da Corporate Knights, à revista Forbes. "Mas ela provavelmente afeta muitas das calorias consumidas por centenas de milhões de pessoas todos os dias – e torna mais segura a comida que consumimos."
O Global 100 avalia iniciativas como redução de desperdício, corte nas emissões de gases poluentes, diversidade de gênero entre os líderes das companhias e diferença salarial entre os vários escalões da organização. No caso da Chr. Hansen, quase 30% da diretoria é composta por mulheres, e o salário de seu CEO é 24 vezes maior que o da média dos funcionários da empresa – uma relação relativamente baixa para o ranking.
A Escandinávia apareceu em destaque no ranking, e não apenas com a primeira colocação da Chr. Hansen. Das quatro primeiras colocadas na listas, três são da região: a petrolífera finlandesa Neste ficou em terceiro lugar e a geradora de energia dinamarquesa Ørsted, de controle estatal, em quarto. A Ørsted é dona do maior parque eólico em alto-mar do mundo.
Ao todo, 15 empresas escandinavas estão entre as 100 mais sustentáveis do mundo, segundo o ranking: são quatro dinamarquesas, quatro suecas e sete finlandesas. O Brasil apareceu na lista com quatro corporações. O Banco do Brasil, em oitavo lugar, foi o mais bem-colocado.
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