Calor matou 47 mil pessoas na Europa em 2023

Gisele Darbellay, diretora na Imagem Corporativa 27 de setembro de 2024 2 minutos
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No ano em que o globo registrou maior aumento de temperatura e a Europa viveu seu segundo verão mais intenso, 47 mil pessoas morreram devido ao calor, segundo levantamento do Institute of Global Health, sediado na Espanha, e divulgado recentemente pela revista Nature. Estudiosos reportaram que não fossem os mecanismos de adaptação do ser humano, esse número poderia ser 80% maior.

A pesquisa contemplou o óbito de pessoas de 823 regiões em 35 países da Europa. No período de 29 de maio a 1 de outubro de 2023, os países com maior taxa de mortalidade devido ao calor foram Grécia, Bulgária, Itália, Espanha, Chipre e Portugal. Mulheres e idosos acima de 80 anos foram os mais afetados.

O levantamento conduzido pelo IS Global analisou os dados de 2000-2004, 2005-2009, 2010-2014 e 2015-2019 e os comparou com 2023, concluindo que as temperaturas registradas no ano passado, se fossem vividas no início do século, teriam vitimado muito mais gente. Isso não ocorreu em 2023 porque a raça humana tem pouco a pouco se adaptado às mudanças e houve um evidente avanço na Medicina e na Infraestrutura das cidades para dar melhor condições de vida à população.

Em 2023, quase metade dos dias nos países europeus excederam o limite de 1,5°C de aquecimento estabelecido pelo Acordo de Paris. O continente está aquecendo duas vezes mais rápido que a média global e projeções climáticas sugerem que o limite será ultrapassado antes de 2027, alertando para a necessidade urgente de ação.

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