No próximo dia 17 de dezembro, Katrin Lea Elenudottir, de 19 anos (na foto acima), vai representar a Islândia no concurso Miss Universo, que será realizado em Bangcoc, na Tailândia. A bela jovem de olhos azuis estará entre as mais de 90 concorrentes como representante de seu país de adoção, mas, curiosamente, não de berço: Katrin, que é russa, nasceu em Omsk, na Sibéria. Ela morou na Rússia até os 9 anos de idade, quando se mudou com a mãe para o novo país, como revelou recentemente o portal de notícias Taiga.info.
Esse fato pitoresco ilustra um fenômeno bem mais amplo da vida dos islandeses: o forte crescimento do número de imigrantes no país. No início de 2018, havia 43.736 imigrantes na Islândia, um número 50% maior que o registrado seis anos antes, segundo os registros do Statistics Iceland, instituto que apura as estatísticas oficiais do país.
Com esse crescimento, 12,6% da população total já é formada por egressos de outros países, segundo os dados do instituto. Em 2017, a fatia era de 10,6% e, em 2012, de 8%, como registra o site The Reykjavík Grapevine.
O volume dos chamados "imigrantes de segunda geração" – pessoas nascidas na Islândia, mas tendo ao menos um dos progenitores egresso de outro país – passou de 4.473 no ano passado para 4.861 em 2018. Somados, os imigrantes de primeira e segunda gerações já representam 13,9% de todas as pessoas da Islândia.
Os polacos constituem o maior de todos os grupos de imigrantes, com 16.970 indivíduos, ou 38,8% do total da população imigrante. Depois deles vêm os lituanos (5,5%) e os das Filipinas (4%).
E a chegada de estrangeiros é tida como vital para manter o ritmo de crescimento da economia da Islândia, que tem menos de 350 mil habitantes. “Nós precisamos fazer um esforço para trazer mais pessoas para trabalhar no país. Ao mesmo tempo, temos que assegurar que essas pessoas sintam que estão fazendo algo relevante", disse Halldór Benjamín Þorbergsson, presidente da entidade de representação empresarial SA-Business Iceland. "Por isso é tão importante acomodarmos os trabalhadores estrangeiros e ajudá-los a fazer parte da comunidade islandesa.”