A União Europeia deve restringir a entrada de produtores de países que empregam mão de obra forçada. A nova normativa deverá entrar em vigor em até dois anos, após ser aprovada por todos os estados membros do bloco.

Segundo a Comissão Europeia, o objetivo é “eliminar do mercado da UE todos os produtos fabricados com trabalho forçado, independentemente de onde tenham sido fabricados”.

Para investigar como são fabricados os produtos, o bloco econômico contará com investigadores para fazer inspeções dentro de países da UE e mesmo de não integrantes do bloco. De acordo com a Comissão Europeia, as restrições serão aplicadas a produtos nacionais, exportações e importações sem distinção.

Com isso, a Comissão Europeia aposta em um combate efetivo ao trabalho escravo em cadeia produtiva, pois desta maneira impede a entrada no mercado de consumo de itens fabricados sem o respeito às regras de trabalho.

A iniciativa da União Europeia se soma a outras medidas já aplicadas em outros países, porém ela é mais ampla do que a proposta pelos Estados Unidos que focou somente em artigos produzidos na região de Xinjiang, na China. Apesar disso, ela reforça a pressão sobre a China, acusada de abusos contra trabalhadores.