União Europeia deve antecipar créditos de carbono para investir em fontes alternativas de energia

04 de outubro de 2022 2 minutos
Europeanway
Com a crise do gás russo, a Europa busca alternativas para atenuar os impactos nos países da União Europeia na medida que o inverno se aproxima. Para fazer frente ao problema, os países da União Europeia fecharam acordo para usar uma reserva do mercado de carbono para ajudar a financiar sua saída do gás russo. A proposta veio para tentar evitar que as ações em análise prejudicassem a principal política de mudança climática do bloco.
De acordo com a Comissão Europeia, a proposta aprovada permite que os países possam arrecadar 20 bilhões de euros para novos investimentos em energia a partir da venda de CO2 armazenadas na “reserva de estabilidade de mercado” do mercado de carbono da União Europeia.
Parte dos recursos, 15 bilhões de euros, serão arrecadados junto a um Fundo de Inovação da União Europeia, recursos esses que integram parte das receitas do mercado de carbono e que hoje são usadas para o desenvolvimento de tecnologias verdes e inovadoras. Os outros 5 bilhões de euros seriam arrecadados de receitas de vendas de licenças de CO2 realizadas antes do planejado.
Na avaliação de ministros de finanças dos países do bloco econômico, as concessões feitas para a construção desse acordo são significativas, pois contribuem para o combate da inflação na região e para a redução da dependência de combustíveis fósseis.
A proposta inicial da Comissão encontrou resistência de alguns países que disseram que a abertura da reserva prejudicaria o mercado de carbono da UE e deprimiria o preço do carbono – tornando mais barato para usinas de energia e indústrias poluírem.
Dinamarca, Holanda e França apresentaram propostas alternativas para evitar tocar na reserva do mercado de carbono da União Europeia – lançada em 2019 para resolver um problema de excesso de oferta que pesava nos preços do ETS há anos. Desde então, os preços das licenças de carbono aumentaram.
Os países da UE devem negociar a lei final com o Parlamento Europeu, que ainda não confirmou sua posição de negociação.
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