Trabalhar na Europa: quais países oferecem mais oportunidades de emprego?

11 de outubro de 2023 4 minutos
Europeanway

O mercado de trabalho europeu está se recuperando, ou pelo menos apresentando sinais de recuperação, após os impactos da pandemia de Covid-19. No entanto, ainda está longe de atender completamente à demanda.

As estatísticas mais recentes mostram uma diminuição das vagas no mercado de trabalho, embora o emprego tenha aumentado no segundo trimestre do ano. A taxa de postos de trabalho vagos – a proporção do total de postos de trabalho que estão disponíveis – caiu de 2,8% no primeiro trimestre para 2,7%.

No mesmo período, a taxa de emprego para pessoas entre 20 e 64 anos atingiu 75,4%, um leve aumento de 0,1 ponto percentual. No entanto, um fato mais relevante é a tendência geral: a taxa de ofertas de emprego de longo prazo na União Europeia (UE) continua a aumentar anualmente, sem conseguir atender à demanda.

Essa taxa tem aumentado desde 2020, quando muitas pessoas foram dispensadas ou demitidas para reduzir custos devido à pandemia. Apesar do aumento na taxa de emprego no segundo trimestre, um relatório anterior da Comissão Europeia apontou para a escassez de mão de obra e falta de competências.

A criação de novos empregos e a necessidade de substituir trabalhadores que se aposentam estão causando essa “escassez”, como refletem essas estatísticas, conforme mencionado pela Comissão Europeia.

De acordo com o relatório, a escassez de mão de obra provavelmente aumentará, pois se prevê que a população em idade ativa diminuirá de 265 milhões em 2022 para 258 milhões em 2030.

Quais países têm mais ofertas de emprego?

Entre os Estados-Membros da União Europeia com dados disponíveis no Eurostat, o órgão de estatísticas da UE, os Países Baixos lideram com a taxa mais alta de empregos vagos, representando 4,7% do total de postos de trabalho ainda não preenchidos.

Em contraste, a Bulgária e a Romênia apresentaram uma taxa de empregos vagos de 0,8% no mesmo trimestre.

No mesmo período, as vagas anunciadas on-line mostraram que os programadores de software e os assistentes de vendas eram as profissões mais procuradas. Além disso, cargos nas áreas de publicidade, marketing, produção, engenharia e pesquisa e desenvolvimento também tiveram um número significativo de vagas.

A escassez de mão de obra continua sendo um problema na Europa?

Comparando as taxas de ofertas de emprego do segundo trimestre de 2021 e 2022, o valor deste ano está entre os dois.

A taxa de empregos vagos na UE foi de 2,2% no segundo trimestre de 2021, imediatamente após a reabertura dos principais mercados. Ela atingiu 3% no segundo trimestre de 2022 e começou a diminuir desde então.

As estatísticas nacionais indicam a dificuldade do continente em preencher os postos de trabalho, frequentemente atribuída à falta de mão de obra qualificada.

De acordo com o Eurostat, mais de 75% das empresas na UE já enfrentam dificuldades para encontrar profissionais com as competências necessárias para ocupar os cargos, o que prejudica o crescimento econômico.

A nova lei de imigração alemã, aprovada em agosto, visa atrair trabalhadores qualificados de países terceiros para combater a escassez de mão de obra no país. O governo dinamarquês também aprovou um visto de três anos para estudantes internacionais que desejam trabalhar após a conclusão da graduação, visando preencher os postos de trabalho.

Por outro lado, cerca de 27,5 milhões de pessoas na população ativa da UE declararam estar desempregadas, subempregadas, procurando emprego, mas não imediatamente disponíveis ou disponíveis, mas não procurando emprego.

Isso significa que um pouco mais de 1 em cada 8 pessoas na União Europeia está enfrentando a “folga” do mercado de trabalho, definida pela Organização Internacional do Trabalho como “a diferença entre o volume de trabalho desejado pelos trabalhadores e o volume de trabalho remunerado disponível”.

A taxa de desemprego na União Europeia tem diminuído desde 2020 graças ao aumento do número de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não estão procurando emprego, conforme apontado pelo relatório do Eurostat. Isso tem levado a postos de trabalho vagos, explicando a falta de mudanças significativas nas taxas de vagas, incluindo no último trimestre, como mencionado no documento.

Requisitos para trabalhar na Europa

Vistos de turismo e trabalho são diferentes e possuem regras próprias. Para trabalhar na Europa, por exemplo, de maneira legalizada, é preciso obter autorização de residência e trabalho. Os requisitos para tal variam de acordo com o país, mas no geral, deve-se:

  • Solicitar o reconhecimento de um título acadêmico;
  • Ter um cartão de saúde europeu;
  • Conhecer a legislação laboral do país de destino;
  • Pesquisar vagas de emprego no país desejado e se candidatar;
  • Saber falar bem o idio00ma do local.
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