Uma recente reportagem publicada no jornal Financial Times revelou que a taxa de desemprego na zona do euro permaneceu na mínima recorde de 6,4% em novembro. Este dado surpreendente desafia o pessimismo econômico recente, mostrando uma queda de quase 100.000 desempregados em relação ao mês anterior.
A persistente força do mercado de trabalho na Europa está gerando cautela entre os formuladores de políticas do Banco Central Europeu (BCE) quanto ao momento de possíveis cortes nas taxas de juros. Eles estão preocupados que o rápido crescimento salarial possa manter as pressões inflacionárias elevadas.
Segundo o Eurostat, a agência estatística da União Europeia, o número de desempregados na região caiu para 10,97 milhões em novembro, uma queda de 99.000 em relação ao mês anterior e de 282.000 em relação ao ano anterior. Esse declínio foi especialmente notável na Itália, onde o número de desempregados diminuiu em 66.000 para pouco mais de 1,9 milhão.
Os economistas previam que a taxa de desemprego aumentaria devido ao crescimento econômico lento, demanda fraca, aumento dos salários e empresas sinalizando planos de demissões. No entanto, a realidade tem mostrado uma resiliência maior do mercado de trabalho do que o esperado.
No entanto, os dados econômicos recentes pintam um quadro misto. Enquanto as exportações do bloco aumentaram 3,7% em novembro em relação ao mês anterior e as encomendas à indústria na Alemanha subiram 0,3%, a produção industrial alemã caiu 0,7% pelo sexto mês consecutivo.
A incerteza persiste quanto ao futuro do mercado de trabalho e à possível trajetória das taxas de juros do BCE.
Essa matéria foi baseada em uma reportagem recente publicada no jornal Financial Times.