Suécia volta atrás após 15 anos e traz livros impressos de volta às salas de aula

11 de agosto de 2023 2 minutos
Europeanway

Uma decisão do Ministério da Educação da Suécia coloca luz sobre os riscos à aprendizagem trazidos pela política de digitalização da sala de aula. O país suspendeu um plano antigo de digitalização do ensino após a nota do país despencar em exames que avaliam o desempenho de leitura dos alunos. “Estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais”, advertiu a ministra da Educação, Lotta Edholm, após ver a nota do país despencar no Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), exame internacional que avalia o desempenho em leitura de estudantes.

Segundo matéria publicada no Le Monde, a ministra concluiu que o mau desempenho é resultado da implementação de recursos digitais nas escolas, mesmo que o processo tenha começado há 15 anos. Desde então, a Suécia vem substituindo os livros físicos didáticos por computadores, tablets, aplicativos e outras plataformas tecnológicas.

Para tentar frear ou reverter a situação, além de barrar a estratégia de digitalização, o Ministério da Educação da Suécia lançou um programa de reintrodução dos livros para recuperar a capacidade de leitura estudantil. O plano prevê o investimento de 150 milhões de euros até 2025. “O relatório do PIRLS é um sinal de que temos uma crise de leitura nas escolas suecas. No futuro, o governo quer ver mais livros didáticos e menos tempo de tela nas escolas”, diz a ministra.

A decisão do ministério sueco de abandonar o programa ambicioso de digitalização foi embasada em evidências científicas apresentadas por mais de 60 especialistas.

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