Suécia perde para a Itália disputa para sediar Olimpíada de Inverno de 2026

Ainda não será dessa vez que os suecos, que estão entre os maiores vencedores da competição, receberão os Jogos Olímpicos de Inverno, inéditos no país até hoje

24 de junho de 2019 3 minutos
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A Suécia terá que esperar mais um pouco para receber os Jogos Olímpicos de Inverno. Nesta segunda-feira (24/6), o Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu Milão e Cortina d’Ampezzo para sediar a Olimpíada de 2026. A dobradinha italiana derrotou por 47 votos a 34 a candidatura conjunta apresentada por Estocolmo e Åre, a única que ainda estava no páreo após três anos de campanha.

Foi um processo longo e marcado por uma série de desistências. Cinco dos sete interessados retiraram suas candidaturas, em decisões motivadas em grande parte pela preocupação com os custos. As altas cifras preocuparam as populações de Áustria, Canadá, Japão, Suíça e Turquia, o que fez com que os governos desses países abandonassem a disputa. A edição de PyeongChang, na Coreia do Sul, realizada em 2018, por exemplo, custou US$ 13 bilhões.

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Mesmo a candidatura sueca esteve ameaçada ao longo do processo. A falta de recursos preocupou o comitê sueco poucos meses atrás, e o país só pôde seguir na disputa depois de o governo assegurar a verba necessária para a continuidade da campanha.

A possibilidade de a Suécia voltar a receber uma edição dos Jogos Olímpicos vinha animando alguns dos empresários mais conhecidos e bem-sucedidos do país. Na última semana, um grupo de nomes de peso do empresariado sueco assinou uma carta aberta para reforçar os argumentos para defender a escolha de Estocolmo e Åre.

A carta deu ênfase ao apelo sustentável da candidatura Suécia, falando em "sustentabilidade também social e econômica" e que a competição contribuiria "para uma sociedade mais coesa". O documento foi assinado por líderes empresariais como Daniel Ek, fundador do serviço de streaming Spotify, e os presidentes da gigante do varejo H&M e da empresa de telecomunicações Ericsson, além do primeiro-ministro Stefan Löfven e da prefeita de Estocolmo, Anna König Jerlmyr.

Já faz mais de um século que os suecos receberam uma edição dos Jogos Olímpicos. A única vez em que isso ocorreu foi na Olimpíada de Verão de 1912, realizada em Estocolmo. A Suécia é a sétima maior potência das Olimpíadas de Inverno na história. Segundo o COI, o país conquistou até hoje 158 medalhas na competição, sendo 57 de ouro – duas delas da lenda sueca Ingemar Stenmark (foto), que competia no esqui alpino.

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