A Finlândia lançou no ano passado um curso on-line, gratuito, com o qual tem ensinado noções básicas de inteligência à população, tenha ela conhecimento sobre o tema ou não. A experiência, que tem tido apoio de grandes empresas do país, agora chega à Suécia. O curso já está sendo traduzido para o sueco.
A participação sueca no programa, desenvolvido pela Universidade de Helsinque, foi anunciada em Gotemburgo recentemente. O anúncio ocorreu no momento em que a cidade, a segunda maior do país, inaugurou um novo centro nacional de inteligência artificial.
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A expectativa é que a participação dos suecos iguale ou até supere o alcance que a iniciativa teve na Finlândia. A meta finlandesa era que o curso tivesse a adesão de 1% da população, ou o equivalente a 55 mil pessoas. Esse número já foi ultrapassado.
A Suécia tem tradição de engajar sua população no aprendizado sobre novas tecnologias, como o uso de computadores. O país criou uma espécie de "carteira de motorista" para computadores pessoais; os cidadãos foram encorajados a levar o documento e incluí-lo como atestado de suas habilidades quando fossem se candidatar a um emprego.
Na Suécia, o desenvolvimento pessoal e a melhoria são considerados importantes em qualquer idade – não apenas para os jovens. A Finlândia tem uma abordagem semelhante no desenvolvimento de habilidades de TI e tem grandes esperanças nesse campo. O país deseja não apenas que sua população seja qualificada em inteligência artificial, mas que o desafio que ela criou se espalhe para outros países.
Ao buscar um resultado superior ao obtido pela Finlândia, a Suécia não deixa de criar uma competição com seus vizinhos. E eis aí uma competição em que definitivamente não haverá perdedores.