Suécia e Dinamarca planejam “passaportes digitais” para vacinados contra Covid-19

06 de fevereiro de 2021 2 minutos
Europeanway

Com o avanço, ainda que lento, da vacinação contra a Covid-19, muitos países vislumbram maneiras de tentar retomar parte da normalidade da vida antes da pandemia. Nesta semana, dois países nórdicos, Suécia e Dinamarca, informaram que estão planejando um passo concreto nesta retomada: a criação de um passaporte digital para os imunizados.

A Dinamarca informou de seus planos na quarta-feira, e a Suécia, no dia seguinte. A ideia inicial é que o documento seja utilizado para facilitar as viagens ao exterior, mas ambos os governos admitem que, mais que um passaporte, a iniciativa pode abrir portas de eventos culturais e esportivos.

“Com um certificado digital de vacina, será rápido e fácil provar que a vacinação está completa”, disse o ministro sueco para o desenvolvimento digital, Anders Ygeman, em um comunicado. O governo sueco disse que espera ter infraestrutura para emitir certificados digitais até junho, ou seja, antes de começar o verão europeu, período de mais viagens de lazer na região.

A Dinamarca, por sua vez, indicou publicaria inicialmente ainda em fevereiro, um registro online que poderia ser acessado para verificar o status de vacinação de alguém, enquanto desenvolve uma solução técnica de longo prazo.  O objetivo, enquanto se aguarda mais pesquisas sobre se as pessoas vacinadas ainda podem transmitir o vírus, é contribuir para “uma reabertura gradual, sólida e apropriada da Dinamarca”, segundo informou o governo. “É absolutamente crucial, para nós sermos capazes de reiniciar a sociedade dinamarquesa, que as empresas possam voltar aos trilhos”, disse o ministro das finanças em exercício, Morten Bødskov, em um comunicado.

Ambos os países disseram também que serão feitos esforços para compatibilizar os certificados nacionais com os certificados internacionais em discussão na Organização Mundial de Saúde e a nível da UE. A OMS propôs a ideia de certificados digitais para a vacina no passado, mas em janeiro disse que, no momento, se opõe a que sejam usados ​​como requisito para viagens. A chefe da comissão europeia, Ursula von der Leyen, apoiou em janeiro a ideia de usar certificados para identificar as pessoas que receberam o imunizante, mas acrescentou que “se isso dá prioridade ou acesso a certos bens, esta é uma decisão política e legal que tem a ser discutido a nível europeu”.

Europeanway

Busca