Salários divergem na Europa e redesenham cenário econômico do continente

16 de julho de 2024 3 minutos
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A diversidade salarial na Europa é um reflexo das regulamentações, leis trabalhistas, setores industriais e desenvolvimento econômico específicos de cada país. Essa variação é particularmente evidente ao comparar os salários médios líquidos anuais, que podem impactar significativamente as decisões de contratação e emprego.

Como se comparam os rendimentos médios na Europa?

O rendimento líquido médio anual é calculado subtraindo os impostos sobre o rendimento e as contribuições para a segurança social do rendimento anual bruto e adicionando os abonos de família. Situações familiares, como ser solteiro ou casado e o número de filhos, também influenciam o rendimento líquido.

A Suíça lidera com um impressionante rendimento líquido médio anual de 85.582 euros, se destacando como o país com os salários mais altos da região, de acordo com o Eurostat. A Islândia e o Luxemburgo seguem com rendimentos médios de 53.885 euros e 49.035 euros, respectivamente. Noruega e Países Baixos também apresentam rendimentos superiores a 45.000 euros.

O rendimento líquido médio na União Europeia (UE) é de 28.217 euros, servindo de referência para comparação. Países como França (31.481 euros) e Suécia (33.926 euros) estão ligeiramente acima da média da UE, enquanto Itália (24.207 euros) e Espanha (23.568 euros) ficam abaixo dessa média. Entre as principais economias da Europa, a Alemanha se destaca com o rendimento líquido mais alto, atingindo 38.086 euros.

No extremo oposto, países como Turquia e Bulgária registram os rendimentos líquidos anuais médios mais baixos, com 8.968 euros e 9.355 euros, respectivamente. Na Europa Oriental, Romênia (11.105 euros), Croácia (12.330 euros) e Hungria (12.456 euros) também estão no extremo inferior da escala salarial.

Quando ajustado pelo poder de compra padrão (PPC), a situação muda ligeiramente. O PPC é uma unidade monetária artificial que ajusta as diferenças de nível de preços entre países. A Suíça mantém a liderança com 47.403 PPS, refletindo sua forte posição econômica e elevado nível de vida. Países Baixos e Noruega também apresentam rendimentos robustos, com 38.856 PPS e 36.288 PPS, respectivamente. Luxemburgo e Áustria completam os cinco primeiros, todos com mais de 35.000 PPS.

Essas disparidades econômicas são influenciadas por fatores como desenvolvimento econômico, condições do mercado de trabalho e custo de vida. Países da Europa Oriental e do Sul, como Eslováquia (14.758 PPS), Turquia, Letônia e Bulgária (menos de 16.000 PPS cada), geralmente registram rendimentos mais baixos. Entre as principais economias da Europa, a Alemanha se destaca com 34.914 PPS. O Reino Unido, com dados mais recentes de 2019, registrou 29.757 PPS, indicando sua posição competitiva.

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