Em dez dos 39 sistemas educativos analisados na Europa, o salário inicial é o mesmo para todos os níveis de ensino (muito embora não existam dados disponíveis para o ensino pré-primário). As informações são da Eurydice, rede europeia de informações sobre sistemas e políticas de educação.
A nível nacional, o salário dos docentes começa perto de 1,1 mil euros líquidos, podendo ser superior conforme a situação fiscal.
O estudo mostra, ainda, que o salário dos professores em início de carreira é inferior, descontada a inflação, àquele que tinham em 2014, em países como Portugal, Bélgica, Grécia, Espanha, Itália, Chipre, Finlândia, Noruega e Turquia.
A progressão salarial ao longo da carreira é muito diferente na Europa. Enquanto na Dinamarca e nos Países Baixos são 12 anos até atingir o nível mais elevado dos rendimentos, na Hungria são necessários 42 anos para alcançar o topo da escala.
Uma observação intrigante é a forte correlação entre o rendimento dos docentes e o Produto Interno Bruto (PIB) de cada nação. Conclui-se que quanto maior o PIB per capita, maior é a média salarial dos professores, reforçando a influência econômica sobre os pagamentos na área educacional.
Em Luxemburgo, por exemplo, um professor em início de carreira ganha em média 60 mil euros por ano. Isso representa quatro vezes o valor médio do salário anual de um professor de Portugal. A diferença vai-se esbatendo à medida que os docentes sobem na carreira. Assim, um professor português no final de carreira ganha 48 mil euros, enquanto em Luxemburgo esse valor chega a 90 mil euros por ano.
O estudo da rede Eurydice aponta, ainda, que em alguns países os salários dos diretores das escolas menores são inferiores aos dos professores com 15 anos de experiência, no entanto, mais elevados no caso das maiores escolas.
Em 14 sistemas educativos é exigida a certificação em funções de gestão ou de liderança relevantes e/ou formação específica para dirigir um estabelecimento de ensino.
Na França (no nível do ensino secundário), na Hungria, Polônia, Romênia, Eslovênia e na Macedônia do Norte, os candidatos devem comprovar suas competências de liderança submetendo-se a um exame. Na Bélgica, República Checa, Espanha, Suécia e Islândia, os candidatos têm que frequentar um curso de formação específico para essas funções.