Receita viral de tiktoker provoca “crise do pepino” na Islândia

04 de setembro de 2024 2 minutos
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Uma simples receita compartilhada por um influenciador canadense no TikTok desencadeou uma inacreditável “crise do pepino” na Islândia, levando ao esgotamento do produto em mercados locais. O fenômeno, que destaca o impacto crescente das redes sociais na vida cotidiana, expôs também a fragilidade do abastecimento em um dos países mais isolados do mundo.

Tudo começou com um vídeo de Logan Moffitt, conhecido como “The Cucumber Guy”, que conquistou milhões de visualizações ao preparar uma salada com pepino, cream cheese, salmão defumado, cebola roxa, molho de salada, alcaparras, limão e glutamato monossódico. Moffitt, com seus quase 6 milhões de seguidores, transformou uma receita aparentemente simples em uma sensação global.

Mas na Islândia, país com pouco menos de 400 mil habitantes, o sucesso da receita se tornou um problema logístico. Com uma produção doméstica limitada a cerca de seis milhões de pepinos por ano, se viu incapaz de atender à explosão repentina de demanda. Supermercados rapidamente ficaram sem estoque, forçando a Islândia a importar pepinos da Holanda para suprir a carência.

A “crise do pepino” não parou por aí. Outra receita de Moffitt, que incluía óleo de gergelim, vinagre de arroz e alho, também fez com que esses ingredientes esgotassem nas prateleiras islandesas, conforme relatado pela BBC. O incidente não só revelou o poder de influência dos criadores de conteúdo digital, mas também demonstrou como um país pode ser vulnerável a mudanças súbitas de demanda impulsionadas por tendências online.

Esse fenômeno, embora surpreendente, não é isolado. Em diversas ocasiões, influenciadores digitais causaram corridas por alimentos específicos ao redor do mundo. De croissants coloridos em Nova York a kebabs na Suíça, passando por pratos exclusivos na Alemanha, as redes sociais têm o poder de transformar produtos comuns em itens desejados da noite para o dia.

No entanto, essas modas tendem a ser efêmeras. Na Islândia, a indústria alimentícia já se prepara para normalizar o abastecimento de pepinos em breve, minimizando os impactos causados pela febre do “cara do pepino”.

 

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