Receita sueca que concilia crescimento econômico com redução de emissões

21 de agosto de 2024 2 minutos
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A Suécia parece ter encontrado a fórmula ideal para equilibrar o crescimento econômico com a proteção ambiental. Desde a crise do petróleo na década de 1970, o país investiu massivamente em energia limpa, como hidrelétrica, eólica e nuclear, resultando em uma matriz elétrica quase livre de emissões.

De acordo com a Agência Europeia do Ambiente (AEA), a Suécia supera todos os seus vizinhos europeus na redução de emissões de gases de efeito estufa. Em 1990, o país já emitia cinco vezes menos dióxido de carbono (CO2) per capita do que a média europeia. Desde então, as emissões líquidas suecas caíram em cerca de 80%, enquanto a redução média na União Europeia foi de apenas 30%.

O segredo desse sucesso reside na combinação de políticas audaciosas, como o imposto sobre o carbono, e investimentos em infraestrutura sustentável. A Suécia implementou sistemas de aquecimento distrital, que utilizam biocombustíveis e resíduos em vez de combustíveis fósseis, resultando em uma redução de 70% nas emissões de calor.

Apesar do sucesso, a recente crise energética, agravada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, trouxe desafios. O governo conservador da Suécia reduziu temporariamente os impostos sobre combustíveis fósseis, o que levou a um aumento nas emissões. No entanto, o país mantém firmemente sua meta de reduzir 70% das emissões do setor de transporte até 2030 e alcançar emissões líquidas zero até 2045.

A abordagem sueca encontra um eco na União Europeia, que também traçou metas ambiciosas para combater as alterações climáticas por meio do Pacto Ecológico Europeu. A Suécia já atingiu marcos significativos, como a redução de 80% nas suas emissões desde 1990, enquanto a UE está no caminho para alcançar uma redução de 55% até 2030.

Ambos se apoiam em políticas de precificação de carbono, como o Regime de Comércio de Licenças de Emissão da UE, que se alinha aos esforços suecos de penalizar as emissões e incentivar a inovação. Além disso, tanto a Suécia quanto a UE focam na transição para energias renováveis e na mobilidade sustentável, com metas específicas para eletrificação de veículos e aumento do uso de combustíveis verdes. Essa sinergia entre as metas nacionais e o Pacto Ecológico Europeu coloca a Suécia como um líder natural na luta contra as mudanças climáticas, servindo como exemplo dentro e fora do bloco europeu.

 

 

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