Líder em iniciativas de redução da emissão de poluentes e do aquecimento global, a Escandinávia colhe os frutos desses esforços em um novo levantamento: o que mede a qualidade do ar no mundo. Todos os quatro países da região avaliados apareceram no topo do ranking. Além de Islândia (foto) e Finlândia, que ficaram, nessa ordem, nas duas primeiras posições, a Suécia, em quinto, e a Noruega, em sexto, também apareceram entre os dez primeiros colocados.
O estudo, que acaba de ser divulgado, foi elaborado em conjunto pela organização Greenpeace e a empresa de software AirVisual. Nele, os pesquisadores fizeram medições das chamadas partículas PM 2,5 (ou 2,5 micrômetros, medida de referência para identificar a presença de poluentes em nevoeiros e na fumaça; ela difere da PM 10, de partículas maiores, encontradas em regiões próximas a indústrias).
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Ao todo, o levantamento avaliou mais de 3 mil cidades, distribuídas em 73 países. Bangladesh, Paquistão e Índia ficaram nas últimas posições, e nada menos que 18 das cidades mais poluídas do mundo ficam nesses três países. O Brasil apareceu em uma posição intermediária, em 44º (no ranking, os primeiros colocados foram os que apresentaram ar de pior qualidade; por isso, no original, Islândia e Finlândia apareceram, respectivamente, em 73º e 72º).
No estudo, o Greenpeace lembra a estimativa da Organização Mundial da Sáude de que há 7 milhões de mortes no planeta por ano causadas pela emissão de poluentes. "A poluição do ar rouba a nossa saúde, mas nós podemos mudar isso. E, além das perdas de vidas humanas, há um custo estimado de US$ 225 bilhões em trabalho perdido e trilhões em custos médicos. Isso tem um enorme impacto em nossa saúde, mas também em nossos bolsos", disse, em comunicado, Yeb Sano, diretor executivo do Greenpeace no Sudeste Asiático
A também escandinava Dinamarca, internacionalmente reconhecida por suas iniciativas de combate à emissão de poluentes, não fez parte do levantamento.
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