Primeiro ferry boat autônomo do mundo faz viagem de estreia na Finlândia; assista

Embarcação foi desenvolvida em parceria entre a Finferries, estatal que atua na operação náutica, e a Rolls-Royce

04 de dezembro de 2018 2 minutos
Europeanway

A Finlândia testemunhou nesta segunda-feira (3/12) a primeira viagem de passageiros em um ferry boat autônomo de que se tem notícia. Falco, a primeira balsa totalmente autônoma do mundo, foi desenvolvida em parceria entre a Rolls-Royce e a Finferries, estatal finlandesa que atua na operação náutica.

Com 80 convidados a bordo, a embarcação percorreu os mares agitados do Arquipélago de Turku e navegou da ilha de Pargas até Nagu, no sudoeste do país, sem maiores problemas. O único objeto que a inteligência artificial da Falco teve dificuldade em identificar nos testes foi um alce nadando no mar, segundo Tuumas Mikkola, o capitão da balsa.

 

Embora a balsa pioneira seja capaz de se movimentar por conta própria, a lei finlandesa ainda exige que haja uma tripulação a bordo, explica Oskar Levander, vice-presidente de inovação, engenharia e tecnologia da Rolls-Royce, um dos passageiros da viagem inaugural. "A tripulação ainda pode dirigir o navio de uma sala de controle em terra. Uma grande parte da jornada marítima pode ser automatizada, mas em circunstâncias mais exigentes um capitão pode acionar os controles remotamente ", disse. Na viagem da Falco, a sala de controle remoto ficou fica a cerca de 30km de distância, em um escritório da Finferries em Turku. 

A lei finlandesa ainda não permite a utilização de balsas autônomas ou controladas remotamente, a não ser em testes na rota Pargas-Nagu. A oeste da Finlândia existe uma área marítima que pode ser usada para testes semelhantes, mas obter permissão para fazer isso exigiu uma mudança na lei.

Há um interesse crescente na tecnologia autônoma na indústria naval. Muitas empresas na Finlândia, incluindo a fabricante de equipamentos marítimos Wärtsilä, estão ansiosas para levar tecnologia autônoma ao setor. A indústria naval de longa distância também tem concentrado esforços – e recursos – para automatizar suas embarcações.

Foto: Rolls-Royce

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