Presença no Brasil do fundo soberano da Noruega é a menor desde 2012

No ano passado, o fundo que administra a riqueza do petróleo norueguês tinha ações de 120 empresas brasileiras, número quase 10% menor que o de 2017

06 de março de 2019 2 minutos
Europeanway

Em 2018, o fundo soberano da Noruega, o maior do gênero no mundo, deu um passo atrás em sua aposta na economia brasileira. Após reduzir em quase 10% o número de empresas do Brasil em seu portólio, o fundo passou a ter ações de 120 companhias brasileiras – em 2017, eram 133. Em quantidade de empresas, o número do ano passado é o menor desde 2012.

Os dados aparecem no relatório de investimentos do fundo, publicado na última quarta-feira (27/2). A queda no número de empresas não significou redução do patrimônio, já que a bolsa brasileira valorizou-se no ano passado – o Ibovespa acumulou alta de 15% em 2018. Ao todo, as ações que o fundo norueguês tinha de companhias do Brasil no último dia do ano valiam US$ 6,17 builhões, montante um pouco superior aos US$ 6,02 bilhões do último dia do ano anterior.

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Em ações, a empresa de maior peso no portfólio do fundo é a Vale, com papéis avaliados em US$ 766,1 milhões. É possível que a mineradora perca esse status: no fim de janeiro, logo após a tragédia ocorrida em Brumadinho (MG), quando uma barragem de rejeitos se rompeu, o fundo disse que iria reavaliar seus investimentos na companhia.

Os aportes do fundo no Brasil também incluem bônus e títulos de dívida. Entre esses ativos, a maior parte é de títulos do governo brasileiro: dos US$ 2,79 bilhões em papéis de rendimento fixo, US$ 2,68 bilhões são de bônus do governo.

Criado para administrar a riqueza produzida pelo petróleo do país, o fundo soberano da Noruega administra cerca de US$ 1 trilhão em ativos. Todos os investimentos são feitos fora da Noruega, em ações, títulos de dívida e imóveis. No ano passado, afetado pelas incertezas geradas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, que causaram muita turbulência nos mercados acionários de todo o mundo, o fundo registou seu primeiro prejuízo em sete anos. A perda foi de US$ 56,4 bilhões, ou de 6,1% em relação ao ano anterior.

Clique aqui e conheça o relatório completo do fundo.

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