Assim como os adultos, as crianças também têm muitas dúvidas sobre a pandemia. Na última sexta-feira, a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, respondeu em pessoa (24/4) algumas das perguntas feitas pelo público infantil. A “coletiva de imprensa”, transmitida ao vivo, foi não-presencial, como determinam as medidas de distanciamento social, adotadas para conter a disseminação da covid-19.
Ao lado da premiê estavam as ministras da Educação, Li Andersson, e da Ciência e Cultura, Hanna Kosonen. “A situação na Finlândia é boa?”, perguntou um dos pequenos finlandeses. A primeira-ministra assegurou que, “se compararmos nossa situação com as de outros países, estamos bem. “Estamos acompanhando como a situação está se desenvolvendo porque queremos proteger a todos.”
As perguntas sobre a pandemia foram feitas por crianças com idades entre 7 e 12 anos, via link de vídeo. Uma das dúvidas, claro, foi sobre quando elas poderão voltar à escola. “Estamos ouvindo especialistas para ver quando será possível”, respondeu a ministra Li Andersson. A consulta é se isso ocorrerá no fim da primavera (junho) ou no outono (que no hemisfério norte começa em setembro).
Iniciativa conjunta
O evento foi organizado pela revista Apu Juniori, pela emissora pública Yle e pela seção do jornal Helsingin Sanomat voltada ao público infantil. A iniciativa finlandesa seguiu-se à adotada também na Noruega pela primeira ministra Erna Solberg. Em março, a norueguesa respondeu apenas perguntas de crianças em um programa de TV. A experiência foi repetida neste mês de abril.
Até esta terça-feira (28/4), a Finlândia confirmou 4.740 casos da doença e 199 mortes. A taxa de letalidade, de 4,2%, está abaixo da média mundial, de 7%. O país tem mantido fortes restrições para a circulação de pessoas. As medidas têm custado ao país € 1,2 bilhão por semana, segundo cálculo revelado nesta terça pela Câmara de Comércio da Finlândia.