Polônia se fortalece e assume papel central na defesa europeia

31 de janeiro de 2025 2 minutos
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A Polônia, historicamente situada na encruzilhada das potências europeias, tem se destacado nas últimas décadas por uma transformação em sua postura de defesa. Atualmente, o país ocupa a terceira posição em efetivo militar entre os membros da OTAN, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Turquia.

Este crescimento não é apenas quantitativo. Desde 2014, o tamanho das forças armadas polonesas mais que dobrou, passando de 99.000 para 216.100 efetivos em 2024. Este aumento reflete uma estratégia deliberada de fortalecimento militar, impulsionada por investimentos significativos em equipamentos modernos e pela ampliação do contingente de soldados profissionais.

A motivação por trás dessa expansão está enraizada em preocupações geopolíticas. A proximidade com a Rússia e eventos como a anexação da Crimeia em 2014 serviram como catalisadores para que Varsóvia adotasse uma postura mais assertiva em relação à sua defesa. O governo polonês tem enfatizado a necessidade de uma defesa robusta, não apenas para garantir sua própria segurança, mas também para contribuir significativamente para a estabilidade da Europa Central e Oriental.

Além do aumento do efetivo, a Polônia tem investido em parcerias internacionais para modernizar seu arsenal. A aquisição de sistemas de defesa antimísseis Patriot dos Estados Unidos e a compra de tanques K2 Black Panther da Coreia do Sul são exemplos de como o país busca diversificar suas fontes de equipamento militar, garantindo uma capacidade de resposta rápida e eficaz a possíveis ameaças.

O compromisso financeiro com a defesa é evidente. Em 2023, a Polônia destinou 3,93% do seu PIB para gastos militares, liderando a lista de países da OTAN nesse quesito. Para 2025, o governo planeja aumentar esse percentual para 4,7%, reforçando ainda mais sua posição como uma das nações que mais investem em defesa no mundo.

No entanto, essa escalada militar não ocorre sem desafios. A rápida expansão das forças armadas exige uma gestão eficiente de recursos e a garantia de que os novos recrutas recebam treinamento adequado. Além disso, a Polônia precisa equilibrar suas ambições militares com as relações diplomáticas dentro da União Europeia, especialmente considerando que não faz parte da zona do euro, o que pode limitar sua influência em algumas áreas.

 

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