Polícia encontra em lixeira joias reais roubadas na Suécia, mas segue o mistério: quem roubou?

Em um caso de grande repercussão, dois bandidos levaram no ano passado peças de valor inestimável que ornamentam o túmulo de Carlos IX, rei da Suécia e Finlândia de 1604 a 1611

06 de fevereiro de 2019 3 minutos
Europeanway

Um dos roubos mais ousados – e misteriosos – dos últimos tempos na Europa acaba de ganhar um novo capítulo na Suécia. A polícia do país anunciou nesta terça-feira que recuperou as joias reais do século XVII que haviam sido roubadas há pouco mais de seis meses da catedral de Strängnäs, a cerca de 70 quilômetros de Estocolmo.

As joias foram encontradas em uma lixeira, embrulhadas em um pacote em que estava gravada a palavra "bomba", segundo registro do jornal Aftonbladet. Embora as evidências levem a crer que o material é mesmo o conjunto levado pelos ladrões no ano passado, as autoridades fazem agora uma análise minuciosa das peças para atestar sua autenticidade.

No dia 31 de julho de 2018, dois homens roubaram as joias e fugiram em um barco. Os ladrões levaram duas coroas e um orbe (uma joia que representa um globo terrestre com uma cruz) que integram o ornamento funerário de Carlos IX, rei da Suécia e Finlândia de 1604 a 1611, e de sua esposa, a rainha Christina.

No ano passado, quando revelou o roubo, a polícia informou que as joias têm um valor inestimável. "É simplesmente impossível vender esses objetos. Podemos fazer perguntas sobre as intenções dos ladrões", afirmou à imprensa na ocasião Maria Ellior, comandante da unidade de crimes culturais e patrimoniais da polícia sueca.

Encontradas as joias, agora as autoridades têm a segundo parte do mistério a elucidar: descobrir quem as roubou. Em setembro, a polícia prendeu um jovem de 22 anos, que tem sido interrogado e mantido sob custódia desde então por suspeita de ter sido um dos bandidos envolvidos no crime. 

No entanto, como ele estava preso no momento em que as joias foram achadas, é altamente improvável que ele tenha ajudado a deixá-las na lixeira. O suspeito, cujo sangue foi encontrado na cena do crime, admitiu ter roubado o barco e uma bicicleta usados no roubo, mas ele nega qualquer envolvimento no sumiço das joias. (Um detalhe intrigante: o endereço do suspeito fica no mesmo bairro em que as peças foram encontradas.) 

O julgamento está suspenso e será retomado no dia 15 de fevereiro. Até lá, a polícia e a promotoria esperam já ter mais pistas, que podem surgir com a análise técnica das joias e das imagens de vigilância da região da lixeira.

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