Em um novo esforço para o combate às mudanças climáticas, pesquisadores dinamarqueses estão desenvolvendo uma técnica em que o gás carbônico não é mais lançado na atmosfera: em vez disso, o material é armazenado no subsolo. No ano passado, o governo do país destinou 100 milhões de coroas (o equivalente a R$ 56 milhões) para a pesquisa da técnica e vários pesquisadores veem grande potencial no método.
Segundo o Serviço Geológico da Dinamarca e Groenlândia (GEUS), o subsolo dinamarquês pode armazenar o equivalente a 500 anos de emissões de CO2 do país. “Precisamos coletar e armazenar parte desse CO2 no subsolo. Se, em vez disso, criarmos florestas para resolver os problemas globais, precisaríamos plantar uma área do tamanho da América do Norte", disse Lars Henrik Nielsen, geólogo da GEUS, à TV2 News. “Acho que a Dinamarca tem que liderar o processo e desenvolver essa tecnologia verde, como fizemos no passado com turbinas eólicas, por exemplo."
Os geólogos identificaram 12 locais que são especialmente adequados para armazenar CO2 – áreas em que o subsolo contém pedaços de arenito cobertos com uma camada de argila. Nessas áreas, é possível bombear CO2 a uma profundidade de até 800 metros dentro do arenito. A argila, por sua vez, impede que o poluente escape.
Críticos da ideia argumentam que armazenar CO2 no subsolo não é uma opção financeiramente viável, registra o jornal The Copenhagen Post. Em vez disso, dizem, o foco deveria estar concentrado no plantio de árvores. Mas o governo pretende diversificar suas opções.
“Plantar florestas não é suficiente. Precisamos ter um olhar mais amplo para o problema. Temos que plantar mais florestas e reduzir as emissões de poluentes, mas também precisamos investigar o potencial de armazenar CO2 no subsolo ”, disse o ministro de Energia e Clima, Lars Christian Lilleholt, à TV2 News.
(Foto: Keith Bremner)