Novo caça brasileiro passa por testes e fará primeiro voo na Suécia em 2019

Decolagem inaugural está mais próxima depois que a estrutura dos motores foi concluída, há poucas semanas

09 de abril de 2019 4 minutos
Europeanway

Na última semana, duante a 12ª LAAD Defence & Security, a mais importante feira de defesa e segurança da América Latina, um modelo do caça sueco Gripen E chamava a atenção já em solo. Mas isso vai mudar até o fim deste ano, quando o primeiro avião da parceria com o Brasil chegar aos céus da Suécia.

O voo inaugural está se aproximando, agora que os motores do jato tiveram as suas instalações recentemente concluídas, informou o vice-presidente da unidade de negócios Gripen Brasil da Saab, Mikael Franzén, em entrevista coletiva. Segundo o executivo, sistemas táticos e sensores estão sendo testados neste momento.

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"O último ano foi bem-sucedido. Entre outras ações, instalamos o motor no primeiro Gripen E para o Brasil. Neste ano, a primeira aeronave brasileira iniciará a campanha de ensaios em voo em Linköping, na Suécia", disse Franzén, segundo o site Sputnik Brasil. O executivo sueco também elogiou a sinergia entre Brasil e Suécia ao longo do processo, que permite até mesmo maior sustentabilidade.

"Os caças Gripen terão agora a mesma configuração para os displays, harmonizando os programas sueco e brasileiro. Isso significa uma grande economia na manutenção da aeronave e no futuro desenvolvimento de software. Esse é realmente um bom exemplo da colaboração bem-sucedida entre a Saab e a indústria de defesa brasileira", acrescentou.

De acordo com o contrato assinado entre as duas partes em 2014, o Brasil receberá 36 caças Gripen, sendo 28 monopostos (Gripen E) e 8 bipostos (Gripen F). O acordo prevê uma ampla transferência de tecnologia, que inclui pacote completo da aeronave, simuladores, sistemas de suporte, sistemas de suporte, peças sobressalentes, cargas externas e treinamento e suporte.

Segundo o presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider, o Gripen F é um projeto que saiu praticamente do zero e conta com quase 50% de tecnologia de Brasil e Suécia. Não são poucos os itens que mudam entre os dois modelos: adição do assento traseiro no cockpit; sistema de oxigênio, telas e comandos; adaptação do sistema de energia elétrica; redesenho da seção das tomadas de ar; redesenho da extensão da fuselagem dianteira; e rearranjo aviônico e das instalações elétricas.

"Existe um cenário para uma participação efetiva das duas empresas no cenário global", disse Schneider, que revelou ainda o interesse de delegações de outros países no Gripen E e F, porém ainda em estágios embrionários. Tanto o executivo brasileiro quanto os seus parceiros suecos demonstraram otimismo quando o tema envolveu a participação no concorrido mercado mundial de caças militares.

O primeiro voo do primeiro Gripen E brasileiro – intitulado pela Força Aérea Brasileira (FAB) de F-39 E/F – vão acontecer até o fim deste ano em Linköping, na Suécia. A partir de 2020, pilotos brasileiros participação de treinamentos no país escandinavo e, de acordo com o gerente do Programa Gripen da Embraer, Geovane Pellegrino, o jato vem ao Brasil para mais testes no segundo semestre do mesmo ano.

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