A Noruega vai assumir nesta semana a liderança de um programa da Organização Mundial de Saúde (OMS) que une países e entidades na luta contra o coronavírus. A ACT Accelerator existe desde abril. Ela foi criada para desenvolver e produzir tratamentos, testes e vacinas contra a covid-19 e agilizar o acesso dos países a esses recursos.
Até o momento, a Comissão Europeia (braço executivo da UE) estava à frente da coalizão, que passa a ter a liderança da Noruega, ao lado da África do Sul. Sob o novo modelo, a primeira reunião virtual entre os governos, instituições de pesquisa e organizações que integram o grupo será nesta quinta-feira (10/9).
Uma das tarefas da ACT Accelerator é atrair recursos para bancar pesquisas e testes em todo o mundo. Segundo a OMS, a meta é levantar US$ 31,3 bilhões para os diferentes projetos. Desse total, US$ 18,1 bilhões serão destinados ao desenvolvimento de vacinas, US$ 7,2 bilhões para os tratamentos e US$ 6 bilhões para testes.
A coalizão tem quatro diferentes pilares de atuação: diagnóstico, terapias, vacinas e melhoria dos sistemas de saúde. Além dos governos de diferentes países, a ACT Accelerator é composta por organizações multilaterais e não-governamentais como o Banco Mundial e a Fundação Bill & Melinda Gates, do fundador da Microsoft, Bill Gates.
Protagonismo norueguês
A atuação da Noruega na iniciativa lançada pela OMS em abril reitera seu protagonismo internacional no combate ao coronavírus. A Coalizão para Inovações de Preparação para Epidemias, com sede em Oslo, também está na linha de frente da luta contra a doença. Seu envolvimento começou antes mesmo de a Organização Mundial de Saúde declarar, no início deste ano, que o mundo enfrentava uma nova pandemia.
A CEPI, como é conhecida, existe desde 2016 e funciona como uma espécie de centro de operações para ajudar a desenvolver vacinas contra doenças de escala planetária. Em março, o Scandinavian Way contou sobre o trabalho da Coalizão, que também integra a ACT Accelerator. Relembre aqui.