Na Suécia, energia eólica vai superar a nuclear pela primeira vez

Geração de eletricidade a partir do vento passará a ser a segunda fonte mais importante do país até o fim deste ano, atrás apenas das hidrelétricas

28 de outubro de 2019 3 minutos
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Até o fim deste ano, os ventos passarão a ser a segunda principal fonte de geração de energia na Suécia, superando uma posição que por décadas foi dominada pelas usinas nucleares. A projeção foi feita na última semana pela Svensk Vindenergi, associação que reúne as empresas do setor de energia eólica.

Segundo a entidade, a capacidade instalada das turbinas eólicas suecas deve atingir 9,4 gigawatts (GW) até dezembro, superando a capacidade nuclear, de 8,4 GW. Até o fim de 2020, a capacidade instalada das geradoras de energia eólica deve ganhar 2 GW, enquanto a nuclear deve ficar 1,8 GW menor com a desativação de dois dos reatores da Vattenfall, que estão próximo do fim de sua vida útil.

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Essa mudança de posição no ranking não é mera curiosidade estatística, mas um marco da ascensão das energias renováveis em um dos países mais avançados nos esforços pela adoção de energias limpas. As hidrelétricas seguem como fontes mais importantes da eletricidade consumida pelos suecos, com pouco mais de 40% do total; as usinas eólicas respondem por 11%. “A Suécia tem uma oportunidade única de assumir o papel de liderança na luta contra as mudanças climáticas por meio da expansão da energia eólica”, disse, em comunicado, Charlotte Unger Larson, CEO da Svensk Vindenergi.

A projeção da entidade foi apresentada pouco depois de o ministro da Energia da Suécia, Anders Ygeman, declarar que o país pode encerrar, no fim de 2021, o programa que oferece subsídios para projetos de parques eólicos em terra firme (os chamados onshore). Não é porque o país não queira mais estimular a energia limpa, e sim porque, segundo declarou o ministro à agência Reuters, os parques eólicos já conseguem dar lucro sem a necessidade de estímulo governamental.

Se a ideia for levada adiante, Suécia e Noruega vão encerrar seus programas de subsídios à energia eólica onshore de maneira simultânea. “Faz sentido terminar [o programa] com os noruegueses. Acredito que poderemos ter mais ou menos o mesmo cronograma (…) Porque o sistema não é mais relevante”, afirmou Ygeman.

(Foto: J. Graham)

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