Na corrida pelo lítio, o "ouro branco", Suécia busca parceiros na América do Sul

Encontrado em abundância em países como Chile, Bolívia e Argentina, o mineral é fundamental para a fabricação das baterias de carros elétricos

22 de julho de 2019 3 minutos
Europeanway

Matéria-prima para a fabricação das baterias que acionam os cada vez mais numerosos carros elétricos, o lítio tem despertado uma corrida internacional entre os consumidores do metal. E, em meio a essa busca por acordos com fornecedores, a Suécia voltou seu olhar para a América do Sul.

Uma alta autoridade de comércio sueca disse à agência Reuters que empresas do país – fornecedoras da Volvo, segundo informou a fonte por telefone – estão procurando alianças com produtores regionais de lítio e cobre. Assim como a Suécia, outros interessados têm perseguido acordos em particular com o chamado "triângulo de lítio", formado por Chile, Bolívia e Argentina. Sob o boliviano Salar de Uyuni (foto), a propósito, fica a maior reserva desse mineral em todo o planeta.

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Grandes produtores de cobre, os peruanos também trabalha para se integrar a esse circuito. A canadense Plateau Energy Metals anunciou no ano passado a descoberta de 2,5 milhões de toneladas de reservas de lítio de alta qualidade no sul do Peru. A área tem potencial para ser a maior mina de lítio do mundo.

"O que você vê na Suécia, na Alemanha e em muitos países agora é a busca por materiais e minerais necessários para o futuro da eletrificação", disse à Reuters Niklas Johansson, secretário do Ministério do Comércio Exterior. “Não se trata apenas de lítio, mas também cobre, que é muito importante no Peru.”

Com nomes como a Volvo, agora controlada pela gigante automobilística chinesa Geely, e as fabricantes de caminhões AB Volvo e Scania, a indústria automobilística sueca tem nomes de peso interessados nesse mercado. O país conta ainda com a Northvolt, que em agosto começará a construir uma enorme fábrica de baterias de íons de lítio.

No cobre, também necessário para a revolução elétrica, o Peru é o segundo maior produtor do mundo. Johansson acrescentou que as empresas suecas estavam interessadas em possíveis fornecimentos de lítio na região, mas também ajudando a desenvolver as reservas, tornando as minas mais sustentáveis.

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