
“Chi volta le spalle a Milano le volta al pane”. Ou seja: “Quem vira as costas para Milão, vira as costas para o pão”.
O antigo provérbio, que sugeria o peso da cidade na geração de empregos e riquezas em passado longínquo continua válido, mais do que nunca.
Hoje, com 1,37 milhão de habitantes, Milão, sozinha, é responsável por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália. A cidade abriga a bolsa de valores do país e diversas empresas de setores como moda, indústria, finanças e alimentos. Além de um grande número de startups que contribuem para garantir uma aura de inovação para a atividade econômica local.
É também habitat preferido das multinacionais instaladas no país, e o lar de nomes italianos conhecidos mundialmente como Pirelli, Prada, Versace, Armani, Gucci, Dolce & Gabbana e Campari. Mais: são de lá dois dos maiores, mais ricos e vencedores clubes de futebol da Europa: Milan e Internazionale.
Capital da região da Lombardia, a cidade pretende se tornar neutra em carbono até 2050 e reduzir as emissões de CO2 em 45% até 2030. Para isso adotou um programa de “mobilidade verde” que inclui a multiplicação de ciclovias, as quais já permitem hoje deslocamentos pela maior parte do perímetro urbano.

Ciclovias se multiplicam pela cidade e o uso de bicicletas compartilhadas avança
A iniciativa ForestaMi reúne atores públicos e privados para o reflorestamento de Milão e tem como meta plantar 3 milhões de árvores até 2030 (500.000 já plantadas).
Outra iniciativa estratégica rumo a um futuro mais sustentável é a “Cidade 15 Minutos”, que pretende permitir que naquele espaço de tempo moradores possam acessar serviços essenciais e locais de trabalho a pé ou de bicicleta.
O conceito pressupõe a diminuição do uso do automóvel e a otimização das redes de metrô e de trens que servem a região metropolitana, além dos bondes e uma frota de ônibus em processo de eletrificação.